Ampliação dos critérios diagnósticos e maior reconhecimento social explicam aumento de estudantes com Transtorno do Espectro Autista na educação infantil e fundamental
Entre 2014 e 2024, Campinas registrou um aumento de 1.204% no número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede municipal de ensino infantil e fundamental 1. A médica Bruna Ituassu, especialista em neurologia pediátrica, destaca que a ciência avançou na compreensão do comportamento humano, ampliando os critérios para o diagnóstico do autismo.
O conceito de “espectro” abrange diversas formas de manifestação, reduzindo subdiagnósticos anteriores, quando traços eram confundidos com timidez ou comportamentos atípicos sem identificação clínica. Segundo o diretor pedagógico da Secretaria de Educação de Campinas, Luciano Reis, o crescimento recente está ligado à maior facilidade para diagnosticar o autismo.
Dados do Ministério da Educação indicam que, no mesmo período, a proporção de alunos com deficiência intelectual caiu, enquanto as matrículas de estudantes com TEA aumentaram, resultado do maior reconhecimento social e do fortalecimento das políticas públicas para inclusão na educação.