Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), o número de encarceramento e prisões no Brasil aumentou, significativamente, no período de 2008 a 2014.
Porém, em países como Estados Unidos, China e Rússia esse número é retrativo, tendo eles uma redução de até -24%, no caso da Rússia, enquanto, no Brasil, o número de aprisionados cresceu para 33%.
Estudos preveem que se os números mantiverem esse ritmo de aumento, em poucos anos, a população aprisionada no país ultrapassará a da Rússia, superando a marca de um milhão de pessoas.
Até o último levantamento, o Brasil possuía a quarta maior população aprisionada do mundo, com um número de 607.731 pessoas. Os dados divulgados pelo Infopen foram levantados até o mês de junho de 2014. Só no estado de São Paulo, mais de 219 mil pessoas fazem parte do número total, correspondendo a 36% da população presa no Brasil inteiro.
Ainda segundo o órgão, as características dos presos no sistema penitenciário brasileiro têm unanimidade entre jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade. As pessoas presas com essas características alcançam uma marca de 56% nas prisões brasileiras.
Problemas com estrutura também são apontados pelos relatórios. O déficit de vagas no sistema prisional do país é extremamente preocupante, levando em consideração que a quantidade de presos no país é superior ao limite de 377 mil vagas. Aproximadamente 231 mil vagas já estão em falta.
Em um resumo geral e comparação ilustrativa, um local onde deveria abrigar 10 pessoas, existem 16 indivíduos presos nas penitenciárias brasileiras.
