O caminho para a embriaguez

A intoxicação é produzida tanto pelo vinho, cerveja e sidra, quanto pelas bebidas mais fortes. O uso delas suscita o gosto pelas outras, estabelecendo-se, assim, o hábito da bebida. O beber moderado é a escola em que as pessoas se educam para a carreira da embriaguez. Entretanto, a obra desses estimulantes mais brandos é tão perigosa que a vítima entra no caminho da embriaguez antes de suspeitar sobre o perigo em que se encontra.
Alguns que nunca são considerados realmente bêbados estão sempre sob a influência de intoxicantes brandos. São febris, têm a mente instável, são desequilibrados. Imaginando-se seguros, vão mais e mais adiante, até que toda barreira é derrubada e todo princípio é sacrificado. São minadas as mais vigorosas resoluções, as mais elevadas considerações não são suficientes para manter o degradado apetite sob o controle da razão.
Em parte alguma, a Bíblia sanciona o uso de vinho intoxicante. O vinho feito por Cristo da água, nas bodas de Caná, foi o puro suco da uva. Esse é o vinho novo que se acha “em um cacho de uvas”, de que a Escritura diz: “Não o desperdices, pois há bênção nele” (Is 65:8, ARC).
Foi Cristo que, no Antigo Testamento, advertiu a Israel: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Pv 20:1). Ele nunca proveu essa bebida. Satanás tenta as pessoas a transigir com aquilo que obscurece a razão e embota as percepções espirituais, mas Cristo nos ensina a pôr a natureza inferior em sujeição. Ele nunca põe diante do ser humano aquilo que lhe seria uma tentação. Toda a Sua vida foi um exemplo de abnegação.
Foi para vencer o poder do apetite que, nos quarenta dias de jejum no deserto, Ele sofreu em nosso favor a mais rigorosa prova que a humanidade poderia suportar. Foi Cristo que ordenou que João Batista não bebesse vinho nem bebida forte. Foi Ele que recomendou essa abstinência por parte da mulher de Manoá. Cristo não contradiz os próprios ensinos.
O vinho não fermentado, que Ele forneceu para os convidados das bodas, era uma bebida saudável e refrescante. Foi esse o vinho usado por nosso Salvador e Seus discípulos na primeira comunhão (A Ciência do Bom Viver, p. 332, 333).