No ano de 2010, Deus me ajudou a comprar meu primeiro carro. Eu já trabalhava havia quase cinco anos em um colégio interno, cerca de 70 km de minha casa; portanto, se não tivesse um meio de transporte próprio, ficaria muito difícil conciliar esse trabalho com a oportunidade de lecionar no Colégio Adventista da cidade em que eu residia.
Além desse “presente”, Deus me concedeu a oportunidade de trabalhar com minha mãe, no IEMS (Instituto Educacional Pastor Manoel Soares). Passamos muitos bons momentos ali, como família e como colegas de trabalho.
Minha mãe havia concluído a faculdade havia pouco tempo. Estava iniciando a carreira como professora de Artes no IEMS e estava se saindo muito bem.
No entanto, alguma coisa começou a preocupá-la. Essa preocupação acabou elevando sua pressão arterial e ela desmaiou em sala de aula. Quando os alunos vieram me avisar, estremeci, pois não sabia o que estava acontecendo.
Assim que o pessoal do setor de enfermagem do colégio avaliou o quadro dela, peguei o carro para levá-la ao hospital mais próximo – a quase 20 km do colégio.
Em companhia de uma aluna do curso Técnico de Enfermagem, que amparava minha mãe no banco traseiro, seguimos para Corbélia. Nunca achei aquele caminho tão longo! Orei durante todo o percurso, pedindo a Deus que cuidasse não só de minha mãe, mas também de mim. Afinal, dirigir relativamente rápido e com cuidado por uma estrada de pedras irregulares, ouvindo o choro de minha mãe, pedindo forças a Deus para não chorar, estava sendo difícil.
Chegando a uma curva em uma descida, percebi que estava dirigindo rápido demais para o percurso. Tentei diminuir a velocidade antes da curva; porém, não foi o suficiente. Sentindo que o pior aconteceria, pedi a Deus que enviasse Seus anjos para que não sofrêssemos um acidente.
O carro rodou na pista, parando no acostamento, próximo a um barranco, voltado para o lado contrário de nossa viagem. Deus havia enviado Seus anjos para impedir que caíssemos barranco abaixo. Saí do carro, ainda ouvindo minha mãe chorar, mas muito grata a Deus por ver como Ele havia cuidado de nós. Após orarmos juntas, seguimos viagem. Minha mãe permaneceu hospitalizada por pouco mais de uma semana.
Graças ao bom Pai, ela voltou para casa e depois ao trabalho, tranquila e fortalecida. Nosso Deus Se preocupa com cada um de Seus filhos e sempre está disposto a enviar Seus anjos para cuidar de nós em todas as situações. Como não amar Alguém que nos ama tanto assim?
Luciana Gruber
Meditação Diária da Mulher
CPB Casa Publicadora
Igreja Adventista