O dilema entre a escrita formal e a escrita informal da internet

A internet tem pontos positivos e negativos, porém, muito mais positivos. É um acesso rápido ao conhecimento, mas deve-se atentar para a qualidade deste conhecimento. Os jovens desenvolveram uma linguagem própria que identifica o grupo, uma linguagem cheia de símbolos e abreviações que facilita a comunicação e torna-a mais rápida, porém, muitas vezes, se torna incompreensível para outros leitores.
Para a pedagoga Andréa Valente, o lado positivo desta forma de escrita é que os jovens se comunicam muito mais através da escrita. “Eles se permitem desenvolver e elaborar pequenos textos, o que há muito já se perdeu entre os jovens”, explica. O lado negativo disso tudo é que eles acabam se perdendo na forma da escrita, utilizando apenas a forma informal. É preciso que fiquem atentos para o uso da linguagem formal, afinal não nos comunicamos da mesma forma em lugares distintos. A Língua deve estar condicionada à sua situação de uso, não se pode usar a linguagem da Internet em textos oficiais, como provas.
É importante que o jovem saiba se comunicar com todos, não apenas com seus pares. Além do que, o aprendizado da escrita depende da memória visual. Se as crianças ou jovens ainda em formação, são bombardeados com diferentes tipos de grafias, possivelmente aprenderão a escrever de forma errada pela falta de contato com a grafia correta.
Assim, é necessário buscar formas de fazer os jovens não levarem esses aprendizados para a escrita formal, pois esses ficarão prejudicados tanto na fase escolar como num futuro próximo de profissionalismo. E a família tem um papel importante nesse desenvolvimento. Precisam colocar limites e estimular as crianças e jovens a outras práticas de diversão, como leitura de livros e revistas. Quando os filhos convivem com bons exemplos dentro de casa, eles adquirem gosto pela leitura, enriquecendo o vocabulário, aprendendo a gramática e ortografia corretos.