Na parábola do fariseu e do publicano, vemos o quadro em que um homem se perde enquanto outro se salva. O fariseu era orgulhoso e arrogante; o publicano, dependente e humilde. Jesus disse que essa parábola foi contada para os que se achavam “muito bons e desprezavam os outros” (Lucas 18:9).
Confiança própria e desprezo aos outros. Essa é a fórmula da perdição. Trata-se de uma ilusão ou maquiagem de uma situação terrível. A verdade é que confiança e justiça próprias mascaram a realidade de que a pessoa está perdida, desviando os olhos do Salvador.
Muita gente toma a vida dos outros como referencial. Assim, diante das falhas alheias, há quem se sinta em melhor situação e, por isso, acredita que pode desprezar aqueles que “não estão em seu nível de santidade”.
Há alguns detalhes na oração do fariseu que evidenciam sua confiança e justiça próprias como também desprezo aos outros. Em primeiro lugar, é importante lembrar que tanto a oração do fariseu como a do publicano são ambientadas no pátio do templo, onde, pela manhã e pela tarde, por conta dos sacrifícios que se ofereciam nesses horários, o povo se reunia para adoração pública.
Assim, o fariseu faz uma oração pública para atrair a admiração das pessoas para si. Ele queria ser louvado pelos homens e incentiva isso ao enumerar em sua oração as qualidades que ele acreditava ter.
Ele até usa o nome de Deus, mas seu foco não está em Deus. Ele “orava de si para si mesmo” (Lucas 18:11, ARA). Ou seja, o endereço de suas palavras não era o Pai celestial, mas seu coração inflado com orgulho e vaidade.
O que aquele homem não sabia é que a salvação é um presente de Deus. Não é adquirida ou mesmo mantida pelas obras humanas. Pode ser que alguém, por meio da disciplina, deixe de fazer coisas ruins e passe a praticar boas obras, mas não ter o problema do egoísmo interno resolvido. O senso de justiça própria leva as pessoas a fazerem as coisas certas pelos motivos errados.
Para não ter o destino do fariseu, tire os olhos das pessoas e focalize sua atenção em Jesus. Essa visão revelará a santidade divina e sua necessidade de perdão e santificação. Em Cristo, você encontrará a salvação e a disposição para respeitar e ajudar o semelhante.
Meditações Juvenis
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