Além de todo manejo para deixar o pet mais confortável durante a festa, deve-se tomar cuidado principalmente com a alimentação
O Natal é uma época muito esperada para todos durante o ano todo, por conta das festas, família reunida, viagens, troca de presentes e comidas típicas. Ao mesmo tempo, diante de toda celebração, devem-se tomar alguns cuidados com os pets para que todos tenham uma passagem de ano tranquila e proveitosa.
Fogos de artíficio
Os fogos de artifício, por exemplo, as suas cores, luzes e barulho são sinônimos de celebração para nós humanos, no entanto, para os pets, são sinônimo de medo e agonia. Por conta da sua audição aguçada, os cães são naturalmente reativos a sons fortes, porém, os sons de fogos de artifício, provavelmente por seu caráter aversivo e imprevisível, têm sido o principal som associado a reações exageradas que, muitas vezes, causam acidentes graves ligados a tentativas de fuga e a reações de agressividade nos dias de grandes comemorações.
O susto causado nos horários da queima de fogos faz com que alguns animais apresentem sinais como agitação, tontura, vômitos, salivação excessiva, aumento na temperatura, batimento acelerado, podendo chegar a convulsões e a quadros mais graves, aumentando até mesmo o risco de fugas e atropelamento. Sabendo disso, deve-se evitar deixar o animal sozinho durante a queima de fogos, mantendo-o em um ambiente seguro em que não haja risco de fugas, longe de portas ou janelas de vidro, permitir acesso a locais na casa em que ele se esconda e se sinta seguro, não acorrentá-los visto pelo risco de enforcamento, deixar a televisão ou aparelhos de som ligados em áudios que ele já esteja acostumado no dia a dia.
Estudos comprovam que, além dos animais, pessoas neurodivergentes, crianças e idosos também são afetadas pelo barulho excessivo das explosões. Algumas cidades do Brasil como a nossa já proíbem a soltura de fogos de artifício com barulho.
Além de todo manejo para deixar o pet mais confortável durante a festa, deve-se tomar cuidado principalmente com a alimentação. Os pratos da ceia e algumas guloseimas da sobremesa podem ser tóxicos para cães e gatos devido a substâncias presentes em alguns dos ingredientes, como o chocolate no “pavê”, a cebola e o alho no tempero do arroz, as passas presentes em quase todos os alimentos, a uva na mesa das frutas e entre outros ingredientes.
Cuidados
As manifestações clínicas podem variar de acordo com o porte e a sensibilidade do animal, além da quantidade ingerida da substância, mas em geral, o animal apresenta vômito, diarreia, dores de barriga, náusea, salivação excessiva e gases. Portanto, é de extrema importância limitar o acesso do pet aos alimentos e orientar também as visitas sobre os riscos do consumo, para que ninguém ofereça ao pet qualquer tipo de alimento além do qual ele já esteja acostumado a comer.
É valido lembrar que mesmo que você tenha tomado todos os cuidados com comida, barulho, decoração e socialização, o mais importante é que o pet se sinta à vontade. Por isso, o melhor caminho é respeitar a escolha dele, caso ele prefira passar a noite em algum cantinho reservado, longe do barulho e do movimento. Orientamos também que, se por ventura ele venha a ingerir algum desses alimentos tóxicos, procurar seu veterinário de sua confiança.
O texto contou com a colaboração dos profissioais na Clínica Colibri: Dr. José Francisco da Costa, Dra. Paula Bardou Fontana, Eduardo Maximiano e Bruno Alves.
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