O perigo da Apostasia: na Igreja

“Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado o filho da perdição” 2 Tessalonicenses 2:3

Apostasia, em termos mais simplificados, seria um abandono da fé autêntica para seguir um tipo de fé formada pelos próprios conceitos com intenções individuais no sentido de adquirir vantagens de toda ordem, não se importando com as consequências das decisões tomadas. A apostasia, no sentido individual, em caso do crente não líder, envolve prejuízos contra a própria pessoa, sem causar maiores estragos na obra. No caso de crente líder, a apostasia entra para o lado coletivo e isso poderá trazer grandes prejuízos para toda uma coletividade.
O apostata dissolve todos os vínculos com Cristo, motivado por uma condição rebelde e de hostilidade pelas coisas do reino. A apostasia envolve mudanças de ideias, conceitos e princípios da verdadeira doutrina e se associa de uma forma sutil com a causa maligna. A apostasia com relação à heresia, embora alguns associem as duas coisas como sendo uma, na verdade elas têm um conceito totalmente diferente. O perigo da condição do apostata é entrar numa situação totalmente irreversível, ou seja, não volta mais a sua condição de cristão verdadeiro.
A heresia tem um atenuante, pois se trata de alguém que cai em erros doutrinários e se ele cair em si, e se redimir poderá alcançar o perdão Divino. O rei Acabe, ao assumir o reino de Israel, se inclinou para o caminho da idolatria, adotando a Baal como o seu Deus e essa atitude o levou a apostasia. O que muita gente ignora é que Baal continua sendo deus de muita gente, não naquela forma horrenda daqueles tempos. O Baal de hoje mudou de aparência, mas continua sendo adorado em outras formas, como chaves ungidas, lenços, fronhas, rosas e uma infinidade de parafernálias que o povo é levado a comprar e carregar consigo ou colocar em algum canto da sua casa como forma de ter proteção.
Esses objetos ungidos e unções que não vêm de Deus inclinam o povo a uma espécie de idolatria que pode chegar a apostasia. Alguns líderes apostatam e agem com enganos, levando o povo a centralizar esses objetos como regra de fé. Na verdade, esses objetos ungidos se tornam em amuletos para esses incautos. Muitos querem e buscam milagres a qualquer custo e na realidade esses objetos se tornam verdadeiros Baals em suas vidas, o que pode levá-los a apostasia. Pior ainda é quando o próprio líder passa a ser o Baal nos seus templos, sendo endeusado pelo povo.
A adoração a Baal era essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade e prosperidade. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo incorporando-o a sua fé e os profetas reagiram contra esse tipo de prostituição espiritual. Esse sincretismo envolvia uma fé em Deus e outra voltada e misturada com os deuses cananeus. Deus não divide a Sua glória com outrem.

Pastor Gessivaldo Gomes Rebouças
Igreja Metodista Wesleyana