Aparentemente, o dia estava começando bem. Olhei-me no espelho e conferi a roupa que eu havia escolhido. Estava elegante. Coloquei os sapatos e brinquei com meu marido, dizendo como as mulheres se sentiam poderosas em cima de um bom salto alto.
Cheguei ao trabalho e tentei manter a pose e a aparência. No entanto, isso só foi possível até mais ou menos 11 horas da manhã. Ao descer a escada, virei o pé, e você já pode imaginar o que aconteceu com o salto do meu lindo sapato. Quebrou! Imediatamente, lembrei-me da frase que eu havia dito ao meu marido antes de sair de casa. Comecei a rir sozinha. Olha lá onde havia ido parar todo o meu “poder”. Literalmente, ele estava no chão, e quase provocou uma queda.
Apesar de ter me expressado daquela maneira por brincadeira, esse incidente me ensinou uma importante lição, que talvez estivesse na hora de relembrar.
A mulher verdadeiramente poderosa não é aquela que se porta com arrogância e que pensa ser melhor do que os outros. E sim aquela que se ajoelha e é humilde diante de Deus na busca por orientação para enfrentar os desafios e cumprir com fidelidade a tarefa que lhe foi designada.
Quando Jesus viveu na Terra, é dito que Ele “estava em constante oração. O Salvador Se identificou com nossas necessidades e fraquezas, a ponto de Se tornar um suplicante, buscando no Pai novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair fortalecido para enfrentar Seus deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. […] Sua humanidade fez da oração uma necessidade e um privilégio. Encontrava conforto e alegria na comunhão com o Pai. E se o Salvador da raça humana, o Filho de Deus, sentia a necessidade de oração, quanto mais deveriam frágeis e mortais pecadores sentir a necessidade de constante e fervorosa oração” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 93, 94).
Naquele dia, tive que procurar ajuda para dar um jeitinho no meu salto e assim conseguir andar até o restaurante para almoçar. Depois, uma amiga emprestou um confortável par de chinelos, que usei em meu escritório até a hora de ir embora. É claro que fui a última a sair, e não foi para impressionar meus colegas com minha dedicação ao trabalho.
Se você deseja ser uma mulher poderosa, busque o poder na fonte certa. E essa fonte é Jesus!
Neila D. Oliveira