“Comer pouco, evitar alimentos gordurosos, industrializados e processados” são algumas formas de prevenir
O número de pessoas que estão acima do peso tem crescido ao longo dos anos em todas as faixas etárias, dando margem para a obesidade.
O que é obesidade?
De acordo com a endocrinologista Dra. Valeria Meira, “obesidade é o excesso de gordura corporal que eleva o Índice de Massa Corpórea a mais de 29kg/m2. Existem graus de obesidade, existem tipos físicos com distribuições diversas de tecido gorduroso, existem classificações por faixa etária. Além disso, leva-se em conta a associação com comorbidades (outras doenças)”.
Quais são as principais causas?
“A obesidade pode ter causas hereditárias ou ambientais, podendo até mesmo ser causada pelo uso contínuo de medicamentos, por erros alimentares e sedentarismo. Ela também pode ser causada por algumas doenças, como síndromes endócrinas ou genéticas. Se uma criança tem um dos pais obesos, ela já terá 40% de chance de ser obesa. Ambos os pais: 80%. Mas, obviamente, os fatores relacionados a hábitos de vida são os principais”, explica a endocrinologista.
Quais problemas pode acarretar?
Esse distúrbio pode trazer uma série de problemas ao corpo. A médica diz que “o excesso de peso faz com que o coração tenha que oxigenar maior área corpórea, o que pode induzir a insuficiência cardíaca, as articulações suportam peso a mais, dificulta a respiração, leva a distúrbios psicológicos e hormonais, aumenta a chance de se desenvolverem: diabetes, hipertensão arterial, hérnias de disco. Além disso, pode se desenvolver depressão, sono de má qualidade e dificuldade de locomoção”.
Como prevenir
Algumas das formas de preveni-la se dão através da mudança do hábito alimentar e da prática do exercício físico. “Comer pouco, evitar alimentos gordurosos, industrializados e processados, alimentar-se em horários regulares e praticar exercícios aeróbicos ao menos três vezes na semana”, explica Dra. Valeria.
Forma de tratamento
“Obesidade é uma patologia multidisciplinar. Eu diria que cabe ao endocrinologista, ao cardiologista, ao gastroenterologista, ao nutricionista, ao educador físico e ao psicólogo tratarem essa doença. Mas, há outras opções como: medicina ayurvédica (hindu), e terapias alternativas, que contribuem muito também para o equilíbrio e bem estar dos pacientes acometidos. Eu sempre insisto numa mudança de hábitos que inclua exercícios regulares, uma dieta individualizada, acompanhamento médico e nutricional, e, em alguns casos, o uso de medicamentos. O tratamento é crônico e não devem haver interrupções”, finaliza a profissional.