Os animais também sofrem com a obesidade, principalmente, os domésticos, que acabam desenvolvendo doenças e complicações.
A obesidade é o acúmulo excessivo de gorduras do corpo, que causam o excesso de peso, que varia para cada tipo de raça, de acordo com suas características individuais.
O perigo da obesidade para os animais tem como consequência diabetes, câncer, doença de pele, problemas cardíacos e respiratórios, como explica o veterinário Dr. Adriano Coghi Poletti. “Os animais com obesidade podem ter problemas articulares, na coluna, hérnia, problemas de joelho, que só procedimentos cirúrgicos vão resolver. Já tive na clínica animais paraplégicos devido às complicações da hérnia de disco que tiveram devido a obesidade. Os animais também ficam predispostos a câncer, diabetes, problemas respiratórios. Na verdade, a obesidade faz mal a eles”, explica.
Existem dois fatores que podem ajudar o animal a desenvolver a obesidade. O primeiro é a obesidade fisiológica, que é adquirida devido à alimentação imprópria para o consumo; já o segundo é a obesidade patológica, que está ligada às doenças endócrinas e hormonais. “A obesidade fisiológica é quando nós somos os responsáveis por dar muitos alimentos a eles. Já a obesidade patológica é provocada pelas doenças endócrinas, doenças relacionadas à tireóide, a doenças renais e doenças hormonais que facilitam a obesidade”, esclarece Dr. Adriano.
Mas, segundo Dr. Poletti, os principais responsáveis pela obesidade dos animais domésticos são os tutores, já que eles alimentam seus animais de forma errada. “O proprietário do animal é 100% culpado pelo excesso de petiscos, rações sem critério nenhum de quantidade”.
O alerta que Dr. Poletti faz é sobre a superalimentação e também a péssima alimentação que os animais recebem, como quantidades exageradas, rações de baixa qualidade, petiscos e restos de refeições. “A obesidade dos animais, tanto de gatos quanto de cachorros, geralmente, está relacionada a rações de baixa qualidade que apresentam muitas calorias, ou seja, muitos carboidratos; ou as comidas indesejadas, como o arroz, restos de comida, que favorecem a obesidade. A ração boa, a super premium, tem o controle calórico, e toda ração tem uma quantidade ideal, assim não se deve deixar à vontade para o animal. Quanto melhor for a r
ação que o tutor vai dar ao animal, mais controle e menos chances de ficar obeso o animal terá”, explica.
Outro fator que pode acarretar a obesidade é a castração, pois, o metabolismo do animal fica mais lento, favorecendo a engorda. Mas, para que isso não ocorra, basta dar a quantidade recomendada na embalagem da ração, como afirma o veterinário Dr. Adriano Coghi Poletti. “A castração predispõe o animal à obesidade porque os hormônios modulam e, assim, o metabolismo do animal fica mais lento. Mas, a obesidade é culpa do proprietário também, porque a partir do momento que o animal começa a ficar obeso, o proprietário deve cortar os alimentos, diminuindo a quantidade de porção, pois, apenas ele consegue regular em casa”.
O animal que já se encontra obeso deve ser encaminhado para uma clínica veterinária para ser pesado e receber acompanhamento veterinário para tomar as medidas necessárias para o emagrecimento. “As medidas a serem tomadas para os animais obesos são: ir a uma clínica para fazer pesagem e, assim, será feito um cálculo do quanto esse animal deve pesar, a quantidade de alimentos que deve ingerir e o quanto deve ser seu peso ideal. Geralmente, o animal volta depois de 14 dias para a clínica para fazer a pesagem e conferir se houve emagrecimento; caso não tenha emagrecido, a quantidade de ração deverá ser reduzida. O proprietário tem que ser muito rigoroso nessa fase porque o animal ficará pedindo comida e petiscos, que não devem ser dados”, enfatiza o Dr. Adriano.
O animal que recebe o acompanhamento correto e segue todas as instruções, consegue emagrecer e chegar ao peso ideal em até três ou quatro meses.
Para evitar a obesidade e os problemas de saúde, é recomendado aos tutores comprar rações de boa qualidade, como super premium; regular os petiscos; não dar alimentos impróprios para animais; e também fazê-los praticar atividades físicas.