Orar é perigoso? Por que deveria ser…

“Portanto, orem da seguinte forma: Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6:9-13

Como muitas pessoas, lutei para orar efetiva e consistentemente por anos. Mesmo com boas intenções, com frequência, ficava distraído ou até entediado quando orava.
Quando eu era um jovem estudante de Teologia que sonhava em ser Pastor, um amigo mentor me ajudou a perceber que era hora de mudar. Por muito tempo, eu havia tolerado orações sem fé, mas sabia que Deus queria mais para mim, e eu queria conhecê-Lo mais intimamente.
“Ei, carinha, você acredita que Deus ainda faz milagres?”
“É claro”, eu disse.
“Que bom – porque as suas orações são muito fracas”.
Tentei rir com ele, mas a piada do meu amigo doeu – principalmente porque ele estava certo.
Sem nada para dizer, não ofereci defesa da minha parte enquanto processava a verdade de sua observação. Eu não conseguia negar que ele falou em voz alta um segredo que eu já sabia, mas não queria admitir: minhas orações eram patéticas.
Escrevo hoje para qualquer um que se sente preso em uma rotina de oração, fazendo orações repetitivas, previsíveis e seguras.
Servimos a um Deus que pode fazer mais do que possamos pedir ou imaginar. Então, é hora de parar de ser cauteloso. Não fomos criados para uma vida de conforto. Somos apaixonados e poderosos, encarregados para mudar o mundo de formas radicais! Acredito que posso lhe encorajar a quebrar os limites e lhe inspirar a orar perigosamente e a viver corajosamente.
Quanto mais eu estudo a Bíblia, mais me maravilho com a variedade de orações feitas pelo povo de Deus. Eles não apenas oravam sobre coisas que eram incrivelmente pessoais – por exemplo, conceber um filho (1 Samuel 1:27) — mas, também, eram orações frequentemente práticas, por comida e provisão (Mateus 6:11) e livramento dos inimigos (Salmos 59:1-2). Às vezes, eles pareciam sussurrar gentilmente para um Deus amoroso. Outras vezes, eles berravam para Ele em agonia e frustração.
As orações deles eram honestas. Desesperadas. Ardentes. Vigorosas. Verdadeiras. E lá estou eu orando para que Deus me mantenha seguro e abençoe meu hambúrguer com fritas.
Meu amigo mentor estava certo.
As minhas orações eram fracas e bobas.

*Continua na próxima edição

Pr. Adriano Vargas
Cosmópolis Central
@cosmopoliscentral