Órtese: o aparelho para correção de unhas encravadas

A órtese é um tratamento antigo, porém, conhecido por poucos. Trata-se de um aparelho que corrige a deformidade das lâminas ungueais (unhas).
Este procedimento é indicado quando há alterações nas unhas, ou seja, quando as mesmas apresentam deformidades causadas pelo corte incorreto, deformidades provenientes do uso constante de sapatos estreitos, que causam desconforto e doenças como micoses. “Algumas apresentam aspecto afunilado, ou ficam com o ‘formato de telha’. Costumamos chamar, popularmente, de unha encravada”, explica a podóloga Claudia Ribeiro.

Fatores que colaboram
Segundo a especialista, a genética pode contribuir para unhas encravadas, mas, o corte incorreto, que ocorre desde a infância, é um dos principais fatores. “Antigamente, as enfermeiras na maternidade realizavam o corte da unha do recém-nascido, que é uma cartilagem muito fina e delicada. Hoje, isso é estritamente proibido, porque o corte incorreto desde muito cedo pode resultar no crescimento da unha encravada”, explica.
Uso de sapatos mal adaptados aos pés e as doenças como as onicomicoses também contribuem e este encravamento pode resultar na infecção das unhas.

Como a órtese atua?
O aparelho funciona com uma força de tração, ou seja, uma alavanca que força a unha no sentido contrário, mudando, assim, a curvatura. Sua colocação é feita na matriz ungueal (raiz).
“Existem três tipos de órteses: a FMM, que é a de fibra de memória molecular, que consiste em linhas de fibra em uma peça, que é cortada e modelada de acordo com a espessura da unha, a órtese metálica, composta de fios metálicos, assemelhando-se a um aparelho ortodôntico, e a de corrente, onde são colocados dois botões de alumínio ou acrílico e uma corrente que liga ambos”, afirma Claudia Ribeiro.

Aplicação
Uma das maiores dúvidas de quem necessita colocar a órtese é sobre as dores durante a aplicação. Claudia Ribeiro afirma que o processo é inteiramente indolor. “Além de tudo, evita a extração da unha encravada. Muitos acreditam que retirá-la resultará no crescimento correto, o que é um mito. A unha continuará a crescer danificada”, pondera.

Os resultados e tempo de tratamento variam de acordo com o caso. O tempo de duração é entre 3 a 9 meses, para total eficácia do procedimento. O resultado é satisfatório, segundo a podóloga, mas, necessita da cooperação do paciente em não fazer uso de sapatos muito apertados e não cortar as unhas incorretamente.
O acompanhamento ao podólogo é feito constantemente, já que a órtese é trocada mensalmente. “Ao final do período de tratamento, a unha não volta a entortar, pois é corrigida totalmente. Cabe também ao paciente sempre cuidar da mesma, visitando o podólogo com frequência e sempre fazendo a manutenção correta das unhas”, conclui.

Claudia Ribeiro
Podóloga
Espaço Donna Linda
R. Sete de Setembro, 647
Fones: 3812 5114/
(19) 99440 2776