Os perigos das pulgas e carrapatos e como proteger os pets

Eles se fixam na pele para se alimentar do sangue e seus nutrientes, inclusive, invadindo as células do sistema imunológico

Os cães e os gatos podem ser acometidos por inúmeras espécies de parasitas; dentre eles, podemos citar os carrapatos e as pulgas os mais encontrados e mais comuns da rotina habitual dos pets. Eles são encontrados tanto em ambiente urbano, quanto em ambiente rural. Estes parasitas são hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue a partir da picada na pele do animal. As pulgas são mais comuns em gatos do que comparadas ao carrapato; já em cães há prevalência de ambos, tanto da pulga quanto do carrapato.

Por se alimentarem de sangue, em certa fase da vida, eles podem se infectar, principalmente por bactérias, se tornando vetores de várias doenças a partir da transmissão de patógenos – são doenças chamadas de “hemoparasitoses”. São as principais doenças causadas por carrapato em cães: Erliquiose, Babesia, Anaplasmose. Já as principais doenças causadas por pulga são a Micoplasmose em gatos e a “DAAP” (Dermatite Alérgica a Picada de Pulga) com prevalência tanto em cães como em gatos.

São doenças de distribuição mundial, contudo, a sua incidência está diretamente ligada com a presença do seu vetor (carrapato/pulga) e o seu clima ideal para reprodução, sendo mais frequente em região de clima temperado, tropical e subtropical, sendo hoje considerada uma doença endêmica principalmente nas áreas urbanas e épocas de clima quente e úmido, porém outros fatores como distribuição do carrapato, local onde o animal vive, comportamento do animal, desinfecção preventiva do ambiente e o uso de antiparasitários podem influenciar na incidência da doença.

Quando o animal é parasitado, o carrapato e a pulga se fixam na pele para se alimentar do sangue e seus nutrientes, inclusive, invadindo as células do sistema imunológico, conseguindo, assim, circular por todo o organismo e se estabelecendo em alguns órgãos.

Os sintomas podem ser variados, de leves a brandos, de acordo com a idade do animal, estado imunológico, infecções pré-existentes e virulência da cepa, como também a gravidade do quadro pode variar de acordo com a fase da doença. Em geral, os principais sintomas são depressão, perda de apetite, febre, perda de peso rápida, sangramentos exacerbados, pontos avermelhados na pele, sangue na urina, mucosas pálidas falhas de pelo em região de rabo e pele avermelhada (por conta da alergia a picada da pulga). A presença de carrapatos e pulgas aumenta mais ainda a possibilidade da doença, contudo, há a necessidade de passar o pet com um médico veterinário para ele examinar e diagnosticar por meio de exames complementares, para que, por meio dos resultados, possa ser definido o tratamento.

Como medida de prevenção, pode-se fazer o uso de antiparasitários em forma de coleira, comprimidos e produtos de uso tópico específicos para o controle de carrapatos e pulgas, sendo importante também fazer a limpeza preventiva do quintal e ambiente em que o pet fica com produtos específicos, a fim de eliminar a presença dos parasitas no ambiente, evitar passear perto de terrenos baldios e evitar contato do pet com outros animais desconhecidos.

Ao encontrar um desses parasitas em seu pet, procure orientação de um profissional do ramo pet ou médico veterinário, podendo, assim, ser orientado da forma correta, prescrevendo produtos mais indicados ao seu animal de estimação, podendo ser variado de acordo com seu porte, peso e espécie, podendo assim prevenir e tratar problemas parasitários da forma correta.