A osteoporose é uma doença que leva à perda de massa óssea e à fragilização dos ossos, aumentando o risco de fraturas.
Segundo o ortopedista Raul Casagrande, a doença pode tornar os ossos tão frágeis, que podem causar uma fratura. “Uma queda, ou até mesmo leves impactos, como curvar-se ou tossir, podem causar uma fratura. Os ossos mais acometidos são os do quadril, punho e coluna”.
O médico explica que a osteoporose é uma doença silenciosa, que só costuma causar sintomas em fases avançadas. “Os principais sintomas da osteoporose são as dores ósseas, principalmente, dor lombar, facilidade em ter fraturas e redução da estatura por colapsos das vértebras da coluna”.
Além disso, a doença acomete mais mulheres do que homens, cerca de 70%. “O consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, pele clara, história familiar, menopausa, sedentarismo, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, baixa exposição solar são fatores de risco”.
Estágios da doença
Osteopenia – Diminuição da densidade óssea sem alterar de forma importante a microestrutura dos ossos.
Osteoporose – Diminuição da densidade óssea com grande fragilização da estrutura óssea. Risco de fraturas, mesmo em pequenas quedas.
Diagnóstico
De acordo com o especialista, o melhor exame para o diagnóstico de osteoporose é a densitometria óssea. “Os resultados são fornecidos através da comparação com a densidade óssea de pessoas jovens (T-score ou desvio padrão)”, explica.
O critério para osteoporose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é um T-score menor que -2.5 na densitometria óssea.
Os resultados da densitometria costumam ser divididos da seguinte forma:
Densidade óssea normal = T-score entre 0 e -1.
Osteopenia = T-score entre -1 e -2,5.
Osteoporose = T-score menor que -2,5.
O médico Raul explica que, quanto mais baixo for o T-score, maior a gravidade da osteoporose e maiores são os riscos de fraturas.
A osteopenia é uma redução da densidade óssea, porém, ainda não é considerada osteoporose. Podemos dizer que a osteopenia é uma pré-osteoporose.
A densitometria óssea deve ser realizada em todas as mulheres acima de 65 anos ou em pós-menopausa que apresentem fatores de risco para osteoporose.
Tratamento
O tratamento é individualizado, cada paciente deve receber as correções de hábitos e medicações específicas para suas deficiências.
As mulheres na menopausa e sintomáticas para osteoporose, por exemplo, têm indicação de reposição hormonal. “Através do uso de Cálcio, vitamina D e os bifosfonatos, consegue-se uma diminuição da progressão da doença”.
Os medicamentos atuais não revertem completamente à osteoporose, portanto, o tratamento tem como principal objetivo evitar a progressão da doença.
Na osteoporose, o ditado “prevenir é melhor do que remediar” é especialmente verdadeiro, uma vez que, quando as lesões na arquitetura óssea, causadas pela osteoporose estão presentes, elas são praticamente irreversíveis.
Prevenção
O ortopedista Raul explica como pode ser feita a prevenção da doença.
“Deve-se abandonar o cigarro e evitar excesso de bebidas alcoólicas. A prática de exercícios físicos, incluindo musculação, e o consumo de alimentos como leite e derivados, legumes verdes escuros, cereais, frutos secos e peixe ajudam na prevenção”, explica.
Além disso, também é importante a exposição solar; 20 a 30 minutos de sol por dia para que haja uma produção adequada de vitamina D através da pele.
Dica do especialista
O tratamento da osteoporose deve ser associado à diminuição do risco de quedas, ou seja, o paciente deve fazer atividades físicas visando melhorar a propriocepção e a força muscular (principalmente em membros inferiores), sempre com acompanhamento médico e de educador físico.
Também deve-se retirar tapetes das salas e quartos, instalação de apoios nas paredes de banheiros, evitar uso de chinelos, melhorar a iluminação da residência, deixar água e medicações próximas a cama, diminuindo, assim, o risco de quedas domiciliares.