Satanás está continuamente procurando vencer o povo de Deus, derrubando as barreiras que os separam do mundo. O antigo Israel foi enredado no pecado quando se aventurou a manter associação proibida com os gentios. De modo semelhante, desvia-se o Israel moderno. “O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4:4). Todos os que não são decididos seguidores de Cristo são servos de Satanás. No coração não regenerado, há amor ao pecado e disposição para acariciá-lo e desculpá-lo. No coração renovado, há ódio ao pecado e decidida resistência contra ele.
Quando os cristãos escolhem a sociedade dos ímpios e incrédulos, expõem-se à tentação. Satanás esconde-se das vistas e, furtivamente, estende sobre os olhos deles seu véu enganador. Não podem ver que tal companhia é calculada a fazer-lhes mal; e ao mesmo tempo em que constantemente vão assimilando o mundo, no que respeita ao caráter, palavras e ações, mais e mais cegos se tornam.
A conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo. A familiaridade com o pecado inevitavelmente o fará parecer menos repulsivo. Aquele que prefere associar-se aos servos de Satanás logo deixará de temer o senhor deles. Quando, no caminho do dever, somos levados à prova, como o foi Daniel na corte do rei, podemos estar certos de que Deus nos protegerá; mas se nos colocamos sob tentação, mais cedo ou mais tarde cairemos.
O tentador frequentemente atua com muito êxito por meio daqueles de quem menos se suspeita estarem sob seu domínio. Os possuidores de talento e educação são admirados e honrados, como se essas qualidades pudessem suprir a ausência do temor de Deus, ou torná-los dignos de Seu favor. O talento e a cultura, considerados em si mesmos, são dons de Deus; mas, quando se faz com que eles preencham o lugar da piedade e quando, em vez de levar a pessoa para mais perto de Deus, a afastam dEle, tornam-se então em maldição e laço. Prevalece, entre muitos, a opinião de que tudo que se mostra como cortesia ou polidez, deve, em certo sentido, pertencer a Cristo. Nunca houve erro maior.
Essas qualidades deveriam embelezar o caráter de todo crente, pois exerceriam influência poderosa em favor da verdadeira religião; mas devem ser consagradas a Deus, ou serão também um poder para o mal (O Grande Conflito, p. 508, 509).
Ou isto ou aquilo
30 de março de 2017 Caderno de Jesus
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