Pai de primeira viagem se encanta com o universo da paternidade

Alison se tornou pai do Heitor há seis meses e relata as dores e alegrias vividas nestes meses

A chegada de um bebê na família é uma emoção que contagia a todos, além de ser uma nova rotina na casa. Quando os pais são de primeira viagem, muitas são as novidades, e aprender como agir neste momento é um desafio que envolve muito esforço e amor. Alisson Felipe de Moraes Silva (28) se tornou pai seis meses atrás e compartilha como vem sendo este processo com o pequeno Heitor.

Pai de primeira viagem, ele relata que a experiência tem sido incrível e está aprendendo a conciliar tudo nesta caminhada. “Sou pai de primeira viagem e minha experiência está sendo indescritível. Não tinha noção do que é amar um filho até ele chegar; é algo para ser vivido, difícil explicar com palavras! Ele me mudou muito, e não na forma de dar trabalho, mas me faz pensar muito no futuro, no trabalho, pois quero conseguir ser e dar o melhor pra ele! Sou autônomo e minha esposa Aline Silva do Prado (28), também. Minha mãe nos ajuda muito; então, conseguimos ser presentes com ele e, ao mesmo tempo, trabalhar!”, explica Alisson.

Milagre da vida
A gravidez foi tranquila até o sétimo mês. Alison conta que sua esposa começou a sentir dores e um desconforto que não era usual. O casal decidiu procurar por ajuda médica para serem melhor redirecionados. “ No 7° mês, minha esposa começou a sentir muitas dores e o Heitor tinha parado de mexer. Resolvemos ir ao hospital para ouvir um profissional, achávamos que o tínhamos perdido… Naquele momento de angústia, o Doutor constatou um descolamento de placenta. A Aline estava sangrando e o bebê não mexia. Conversei com Deus e chamei o Heitor na barriga, falando para que ele mostrasse que estava bem na barriga da mamãe. Ele se mexeu e, naquele momento, foi um sinal que o Heitor estava lutando para viver e assim nos acalmou, mas não tínhamos muito tempo”, conta.

Neste processo, o médico começou com a busca pela maternidade adequada, que tivesse estrutura para o nascimento do Heitor. “O Doutor procurava uma vaga em alguma maternidade da região, pois aqui não tinha estrutura. No caminho para o hospital de Americana – SP, a Aline foi com muitas dores; minha mãe foi ao lado dela, enquanto fui seguindo de carro.
Chegando lá, ao me cadastrar, a recepcionista disse que meu filho iria nascer naquele dia. Fiquei assustado, nervoso, porque não sabia como ele iria vir, com vida ou sem… Fui até a sala para assistir, mas não deu nem tempo; foi um parto de 6 minutos, movimentou todo o hospital. O Heitor nasceu roxo por falta de ar e a Aline perdeu muito sangue”.

Para Alisson, o milagre foi feito naquele dia. O medo de perder sua esposa e seu filho nunca foi tão forte. “Após isso, o Heitor ficou 23 dias entre incubadora e quarto do hospital em observação, e nós íamos e voltávamos todos os dias, com um pouco de angústia, um pouco de alegria e orando por uma notícia boa. Eu ia ser pai e quase fiquei sem esposa e filho; os dois foram considerados um milagre naquele dia. Deus é bom o tempo todo!”, conta

Ser pai
Para além do cuidado diário, Alisson explica, em sua visão, a diferença que um pai deve fazer na vida dos filhos e também como ele quer ser. “Para mim, ser pai é ser presente, estar junto, cuidar, proteger, ensinar! Não perco uma consulta dele. Eu não sou rede de ajuda pra minha esposa, eu sou o PAI, eu quero estar junto! Eu tive um bom pai, mas ele deixou alguns vazios, errou em algumas áreas. Sendo assim, não posso errar com o Heitor, pois eu sei como é a falta de ter um pai presente!”, finaliza.