Com o feriado de Carnaval se aproximando, muitas famílias já planejam viajar, ou simplesmente curtir as festas típicas de Carnaval que acontecem em nossa região. Para os que pretendem levar crianças junto para curtir a folia, alguns cuidados são necessários para que tudo ocorra bem e que a festa seja aproveitada sem preocupações.
De acordo com o Pediatra Dr. Leandro Pedrassa, devido ao fato do Carnaval no Brasil acontecer na estação mais quente do ano, deve-se evitar que as crianças comam alimentos com maior risco de contaminação, como lanches, cachorro-quente, salgadinhos com embutidos (presunto e salsicha, por exemplo), maioneses. Deve-se dar preferência a frutas frescas e biscoitos, como de polvilho, maisena, de água e sal, entre outros”, indica.
A hidratação também merece atenção especial, não somente por causa das altas temperaturas, mas também pelo gasto de energia das festas. “Os pais ou responsáveis devem oferecer muita água às crianças, de preferência mineral, a cada 2 horas ou menos, dependendo do nível de atividades corporais e a exposição ao sol”, explica o profissional.
Por incrível que pareça, no caso deste tipo de festa, os pais devem preferir sucos industrializados aos naturais vendidos nas barracas. “Os sucos comprados em barracas oferecem maior risco devido à manipulação dos alimentos, exposição ao calor e procedência da água com a qual são feitos. Os sucos de caixinha, nestes casos, são mais confiáveis”, recomenda o especialista.
É importante lembrar, de acordo com o Pediatra, que as crianças menores de dois anos são mais susceptíveis a adquirir doenças e, portanto, requerem maior cuidado com a alimentação. “Elas também sofrem mais com o barulho intenso em alguns locais, devendo-se evitar a exposição delas a ambientes com som muito alto, por riscos de prejuízos à audição. Além disso, crianças desta faixa etária ficam mais assustadas e irritadas com essa situação, podendo prejudicar a rotina de sono”, explica.
Antes de comprar alguma fantasia para seu filho, o Dr. Leandro aconselha que as roupas das crianças devem ser leves, de tecidos claros e que permitam a transpiração, para diminuir a sensação de calor e consequente desidratação pela transpiração excessiva. “Os pais devem ter cuidado também com acessórios pontudos, cortantes ou mesmo muito pequenos, como brilhos e lantejoulas, que podem se soltar e serem engolidos pelas crianças. Além disso, os pais devem se atentar com gorros, capas e chapéus com cordas que fiquem no pescoço, em que há maiores riscos de sufocamento”, adverte. Os pais devem colocar nas crianças sapatos fechados, a fim de evitar acidentes com materiais cortantes e pontiagudos que possam estar no chão, mas, ainda devem ser confortáveis.
O uso de serpentinas e confetes, itens muito comuns nas festas típicas de Carnaval, deve ser sempre observado pelos riscos de aspiração e sufocamento que oferecem, principalmente, com os sacos plásticos das embalagens dos mesmos.
O especialista faz um alerta aos pais e responsáveis: tomar muito cuidado em blocos de rua e aglomerações. “Há maiores chances de a criança se perder dos pais. O ideal é identificá-las com uma pulseira, com nome e telefone para contato”, aconselha.
Em locais abertos e expostos ao sol, o uso de protetor solar é muito importante para qualquer um que queira se proteger e não ter surpresas desagradáveis mais tarde. Contudo, com a pele sensível das crianças, protegê-las é indispensável. “Existem protetores solares específicos para a pele sensível da criança. Além deles, os pais devem protegê-las com bonés, roupas leves e lembrar de reaplicar o protetor a cada duas ou três horas”, adverte Dr. Leandro.
Outro costume também comum no Carnaval são as maquiagens e pinturas de rosto que fazem ou complementam a fantasia das crianças. “Entretanto, maquiagens e tinturas podem ocasionar alergia e irritação na pele. Deve-se evitar em crianças menores de um ano de idade”, recomenda o Pediatra.
As bebidas alcoólicas, presentes na maior parte das festas, são expressamente proibidas para menores de 18 anos, como todos já sabem. Porém, até mesmo os pais devem impor limites a si próprios quanto a quantidade de bebida que vão ingerir. O ideal é não beber nenhuma bebida alcoólica; porém, se o fizer, fazer com moderação, porque os pais precisam ficar de olho nas crianças o tempo todo”, conclui o especialista.