Principalmente para quem dirige, tornou-se comum ver carros passando na lombada na diagonal, ou até você mesmo já deve ter feito isso, acreditando que minimiza o impacto da elevação com toda parte de baixo do carro. Motoristas de carros rebaixados têm mais costume de fazer esse movimento em diagonal, porque eles afirmam que, ao passar de frente, a lombada raspa na parte de baixo do carro.
Porém, se você ainda faz isso, preste atenção: a prática não traz benefício algum, só prejudica a suspensão e outros sistemas do veículo, sendo considerado um mito.
Quem faz essa afirmação é Rodrigo Caetano, proprietário da empresa Caetano Pneus. “Fazer esse movimento em diagonal quando o carro passa por uma lombada ou elevação é um erro bastante comum. Isso pode ‘torcer’ a estrutura do carro, além de trazer prejuízos como perda de alinhamento, ou até mesmo, em casos mais intensos, romper um ponto de solda na carroceria”, explica.
Todos sabemos e somos aconselhados a não passar com velocidade pelas lombadas. “Sempre que passamos por uma elevação ou um buraco em alta velocidade, a suspensão do nosso carro é bastante prejudicada: podem danificar amortecedores, escapamento, e outras peças”, indica o especialista.
As lombadas têm como objetivo reduzir a velocidade, e passar muito rapidamente por elas tem outros componentes e peças envolvidos: “primeiramente, essa prática pode amassar o cárter do motor (reservatório de óleo que fica na parte de baixo do motor) e causar uma trinca, que pode fazer vazar lubrificante. Caso esse vazamento não seja resolvido, o motor pode fundir; em situações mais extremas, é claro”, informa.
A resolução 567/80 do Contran estabelece dois tipos padrões de lombada, com altura máxima de 8 cm e 10 cm. Mesmo que, muitas vezes, essas determinações não sejam respeitadas e nos deparemos com lombadas mais altas e “secas”, o recomendado pelo especialista é sempre passar de frente, diminuindo bastante a velocidade.
O profissional ressalta que, é claro que “não” é proibido passar em diagonal nas lombadas. “Se você o fizer, às vezes sem querer, uma vez ou outra, não tem problema. O que causa prejuízos é fazer isso repetidamente”, finaliza.