Passarinho valente

O que suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois, na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria. Eclesiastes 9:10

Foi uma batalha de proporções épicas. Não importava a velocidade com a qual o inimigo fugia, a pequenina mãe estava logo atrás dele. Ela não tinha medo. Ele emitia sons para ela. Ela voava alto pelo ar, atacando-o e tirando pelo das costas dele. Ele saltava ao redor do tronco da árvore. Ela bicava a cabeça dele. Ele subia e descia correndo da árvore; até mesmo emitiu sons para ela do topo do ninho dela. Ela voou até ele, repreendendo aquele desaforo. Ele não desistiria sem antes lutar, mas a ofensa daquele esquilo vermelho era inútil contra a pequena e furiosa carriça.

De jeito nenhum aquele esquilo comeria os filhotes daquela mãe! Finalmente, o esquilo desistiu e foi procurar outro jantar. A carriça pousou, empoleirando-se em seu pequeno ninho, e, por fim, cantou seu cântico de vitória.

Enquanto eu assistia àquela batalha feroz, me lembrei da história de Davi e Golias. O gigante valentão olhou para o jovenzinho e não apenas zombou dele, mas também o amaldiçoou. Golias até ameaçou dar o corpo de Davi como alimento aos pássaros e feras. A resposta de Davi foi: “Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, […] a quem você desafiou” (1Sm 17:45). Davi sabia que estava do lado certo. Golias sequer teve chance. Ele pagou com sua vida, por causa de sua dependência de si próprio. Para destruir Golias, foi necessário apenas um jovem fiel e uma pedra que acertou o alvo.

Muito frequentemente nos deparamos com uma batalha. Para sermos salvas, precisamos ser mais como aquela pequena carriça. Não devemos desistir, não importa quão forte o inimigo pareça ser. Ele pode nos ameaçar; pode nos persuadir. Precisamos ficar firmes. No fim das contas, seremos vitoriosas se apenas nos lembrarmos de que a batalha para nos salvar foi vencida no Calvário, quando Jesus suportou a cruz.

Nós também podemos cantar o cântico de vitória. De maneira alguma Satanás vencerá a batalha pela nossa alma. Não importa o quanto as coisas pareçam impossíveis e sem solução, cante o cântico de vitória. Segure-se firmemente em Jesus, e Ele abrirá os portões celestiais para você.

Todos os dias quero, de fato, agradecer a meu Pai celestial por Ele ter enviado Seu único Filho a fim de obter a vitória para mim e para outras pessoas como eu. Quero ser como a pequena carriça, disposta a morrer pelo que acredito.

Patrícia Cove

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