O Estrabismo é uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos. A maioria dos casos tem início na infância, mas, também pode ocorrer durante a vida adulta.
A maioria dos pacientes estrábicos é assintomática. Em alguns tipos de estrabismo, o paciente pode apresentar dores de cabeça, dor nos olhos e sonolência durante as tarefas visuais.
Tipos de Estrabismo
Convergente
Quando o olho afetado é voltado para o centro do rosto, isto é, voltado para o nariz.
Divergente
O desvio ocular é voltado para a parte externa do rosto, ou seja, para a orelha.
Vertical (hipertropias)
O olho é direcionado para a parte inferior do rosto (bochecha) ou para a parte superior da face (testa).
Alternante ou intermitentes
O desvio reveza de um olho para o outro. Em um dado momento, encontra-se no olho direito, já em outro, no esquerdo. O estrabismo alternante é mais comum nos casos de pessoas afetadas pelo estrabismo divergente.
Latente
Só é possível verificar com testes clínicos, pois, os sintomas não se manifestam de forma clara, estando mais relacionados à dores, ardência nos olhos ou visão embaçada.
Pseudoestrabismo
Fatores de ordens funcionais ou anatômicas dão a sensação de um desvio dos olhos. Essa condição pode ter como causas doenças pré-existentes, fatores genéticos, traumas e outros fatores. Já seu tratamento conta com diversas alternativas, cirúrgicas ou não.
Estrabismo infantil
Segundo o oftalmologista Juarez Tavares dos Santos, o estrabismo infantil pode ser congênito, onde nasce com o desvio ou se manifesta mais tarde, entre 5 e 6 anos de idade, por má formação dos músculos extraoculares, cicatrizes retinianas decorrentes de infecção intraocular, de causa neurológica e por trauma de parto. O desvio pode ser convergente, divergente e/ou vertical.
“O diagnóstico pode ser feito desde os primeiros dias de vida, onde os pediatras nos auxiliam muito. O principal sinal que observamos é o desalinhamento dos olhos, mas também a direção do olhar da criança e a acuidade visual se segue a um foco de luz e/ou identifica um objeto”.
É característica do estrabismo alterar a visão, por isto, a importância do diagnóstico e tratamento o mais precoce possível, pois, é entre 7 e 8 anos que se dá o desenvolvimento visual. Não sendo acompanhada nesta fase, a criança obtém essa deficiência visual na vida adulta.
Cura do Estrabismo Infantil e prolongação na vida adulta
A cura do estrabismo é possível na maioria dos casos, principalmente, se diagnosticado cedo e logo instituído o tratamento, podendo ser com uso de óculos e/ou tampão e, em alguns casos, com cirurgia. A maioria dos estrabismos infantis não necessita de cirurgia, pois, resolve em medidas menos complexas, como óculos e/ou tampão. Há casos que, mesmo tratando na infância, não se consegue resolução total, continuando na vida adulta.
Tratamento na infância
Juarez explica que todo tratamento na infância necessita de muita participação da família, pois, a criança não entende o porquê das coisas, precisando, assim, de muita paciência e persistência da família.
Cirurgia
A cirurgia tem a finalidade de alinhar os olhos o melhor possível, porém, o risco é de não conseguir o realinhamento inteiro, pois, tudo depende da cicatrização, do tipo de desvio e da acuidade visual.
Se tratando do desvio para dentro (convergente) com visão dupla, pode ocorrer uma melhora desde que obtenha o uso de óculos e/tampão o mais cedo possível, promovendo o melhor desenvolvimento visual de cada olho para alcançar a binocularidade. O estrabismo infantil, se não for bem acompanhado, pode permanecer por toda a vida. No adulto, os cuidados são somente estéticos, onde com cirurgia é possível”, finaliza o oftalmologista.