Pediatra compartilha dicas sobre cuidados com as crianças durante o recesso escolar

Com a chegada das férias de verão, o maior período de recesso escolar, é necessário redobrar a atenção sobre as crianças. O pediatra André Arruda disserta sobre cuidados para se ter com os filhos nessa época do ano.
“Sabemos que as crianças estão mais expostas ao ar livre e com maior acesso a praias e piscinas. Imediatamente, o que vem à mente é a questão relacionada ao risco de afogamento, normalmente, com crianças que já estão caminhando e que têm alguma autonomia, a partir de 2 a 3 anos de idade”, explica André. O pediatra também alerta para a capacidade destas crianças em puxar fechos, de empurrar portas ou até mesmo de escalar cercados. Assim, por conseguirem se deslocar com muita destreza, possuem riscos maiores de se acidentar.
Segundo ressaltou, é sempre importante ter a supervisão de um adulto para evitar acidentes ou até uma fatalidade. “Limitar geograficamente o espaço onde a criança possa estar e verificar se as portas que dão acesso à área da piscina estão devidamente fechadas”, aconselha.
Em relação às piscinas de casa, o pediatra sugere a colocação de cercas elevadas, fechos que não podem ser abertos ou ainda capas, que hoje são colocadas de uma forma através da qual elas fiquem esticadas e impeçam que o indivíduo, ao cair com um determinado peso, afunde na água.

Viagens
Quanto a viagens, principalmente à praia, o ideal é identificar a criança e nunca permitir que ela tenha acesso à água sem a supervisão de um adulto. “Tente evitar o horário de sol de exposição direta, que no período de verão compreende entre 10h e 16h. Não se esqueça de passar o filtro solar adequado, usar métodos de barreira convencionais, como chapéus”. Além disso, André Arruda ressalta a importância de sempre hidratar a criança devido ao calor.

Doenças
O pediatra atenta para doenças de cunho infeccioso, como as conjuntivites e doenças respiratórias que, apesar de mais comuns no inverno, não deixam de existir. “Nessa época, sabemos que as doenças de pele são mais comuns, como micoses e as próprias queimaduras solares. Há também a questão das viroses, que incluem diarreias e vômitos. Isso pode ser causado tanto por vírus, como também por intoxicações alimentares, pois, devido ao aumento da temperatura, os alimentos tendem a se deteriorar rapidamente e isso não necessariamente altera o aspecto e o sabor dos alimentos”, afirma.

Dispositivos Eletrônicos
A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda a utilização de dispositivos eletrônicos para crianças muito pequenas, apesar de isso ser comum. O ideal é limitar o uso e não deixar que esses produtos se

Dr. André Luiz Mathias Arruda
Pediatra
CRM 118967

tornem os maiores companheiros dos seus filhos. “Incentive que eles interajam com outros amigos ou os próprios pais e irmãos, até mesmo com seus brinquedos. É muito importante esse processo de criação e nem sempre a utilização de jogo eletrônico será a melhor saída”, afirma André. “Estimule o período do verão, principalmente, em crianças pré-escolares, que elas possam ter seu horário ao ar livre. Pedimos aos pais que possam dispor um horário para ficarem com seus filhos, pois, eles tendem a se espelhar neles depois de uma certa fase. Ou seja: o menino de 3 a 4 anos começa a enxergar seu pai como ‘herói’, então, é a fase que ele irá gostar de jogar bola, por exemplo; e a menina, acontece o mesmo com sua mãe. Isso estreita os vínculos e possibilita que todos se conheçam melhor, pois, muitas vezes, a rotina fora das férias mais afasta que aproxima”, finaliza.