De acordo com a estatal, empresa passa por manutenções e, na quarta-feira, 10, a altura das chamas deve normalizar. Petrobras garantiu segurança no local
Há algumas semanas, moradores relatam temor e curiosidade sobre as altas chamas que queimam as sobras de gás na Petrobras – Replan – Refinaria de Paulínia, localizada na cidade de Paulínia, vizinha de Cosmópolis. O que era para ser rotineiro está com um aspecto diferenciado e que chamou a atenção dos moradores, tanto da cidade matriz quanto das cidades no entorno.
Os motoristas podem observar a quilômetros de distância a claridade e altura das chamas e conseguem, inclusive, observar que os tanques localizados no local já não passam pela mesma manutenção de limpeza que antigamente.
Além disso, a segurança do local tem gerado questionamentos da população e rumores de medo em relação ao local.
Desta forma, a equipe do Jornal Gazeta de Cosmópolis entrou em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras e realizou alguns questionamentos. Acompanhe a seguir:
“1- Como são realizadas as normas de segurança no local?
2- Há algum tipo de vistoria diário?
3- É possível notar que alguns tanques apresentam falta de manutenção (limpeza) há algum tempo. Existe uma razão para isso?
4- O que interfere para manter as chamas tão altas?
5- Existe algum risco, por menor que ele seja, aos moradores das cidades de Paulínia, Cosmópolis e arredores?
6- Há algum tipo de gás poluente nesta queima? Qual o teor? Como isso afeta a população?”
Mesmo diante das perguntas, a assessoria de imprensa da estatal se limitou em se posicionar diante do caso respondendo da seguinte forma. Veja na íntegra:
“A Petrobras mantém o compromisso com a segurança de suas operações e instalações, adotando padrões da indústria mundial de petróleo, realizando periodicamente a manutenção preventiva em seus equipamentos.
Recentemente, uma das unidades da Replan passou por uma intervenção de manutenção e, em virtude do ocorrido, o sistema de alívio de gases entrou em funcionamento, aumentando as chamas das tochas. Esse é um procedimento de segurança realizado automaticamente e não traz nenhum risco às comunidades do entorno. A previsão de normalização da operação da unidade é o dia 10/04.
A companhia também investe permanentemente na sua estrutura de resposta à emergência, com simulados e treinamentos periódicos para seus colaboradores. Os planos de emergência da refinaria preveem ações para manter a segurança das comunidades ao redor da Replan e contam com recursos internos e apoio de órgãos externos, como Prefeitura Municipal, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, além das empresas que compõem o PAM – Plano de Auxílio Mútuo”.
Vale lembrar que, em novembro de 2018, houve uma explosão dentro da unidade, o fogo na Replan foi controlado e, felizmente, não houve feridos.
Na época, moradores disseram que houve forte tremor. Sobre o caso, na época, a Petrobras alegou que “houve a ocorrência de um incêndio na madrugada de (20/8), na Refinaria de Paulínia (Replan), em SP. Não houve feridos e o incêndio já foi debelado (…)”.