Na última temporada, ele garantiu o vice-campeonato na MX2
O jovem piloto, Frederico Spagnol, tem se destacado nos campeonatos nacionais e, na temporada passada, garantiu o vice-campeonato na MX2. Neste ano, ele se prepara na busca do primeiro título na categoria com nova equipe e motocicleta.
O cosmopolense tem conquistado espaço no seleto e duro mundo dos profissionais, apesar de fazer parte de uma equipe privada e competindo com pilotos de fábrica. Nesta nova temporada, tudo mudou, ele está na mesma equipe do supercampeão Antonio Jorge Balbi Jr., mas com novos patrocinadores e motocicleta, agora eles formam a Pro Tork KTM Racing, e vão pilotar as rápidas KTMs.
“Uma vaga em um time oficial significa muito para mim, ainda mais representando marcas tão respeitadas no mercado. É sinal de que meu trabalho vem sendo reconhecido. Trabalhar com o Balbi Júnior é incrível e me faz ter a certeza de que podemos buscar o título do campeonato brasileiro na MX2 em 2020”, afirmou Frederico Spagnol.
Início
“Assim como muitos pilotos, eu vim do bicicross, meu irmão mais velho já praticava, e aos três anos comecei a participar dos treinos, porém, sempre pedindo uma moto para o meu pai. E quando tinha oito anos, ganhei minha primeira moto e depois nunca mais parei. Meu pai não tinha planos para que eu me tornasse piloto, mas, depois de ver que estava no sangue, ele me deu todo suporte possível”, conta o cosmopolense.
Primeira corrida
“Foi um veloterra, não consigo lembrar a cidade, mas lembro que fiquei no quarto posto, só tinha 4 pilotos, mas, isso não é tão importante (risos)”.
Títulos
“Os meus títulos mais importantes são um na Copa São Paulo, dois Goianos, dois vices no Brasileiro. Ano passado, conquistei o vice no Brasileiro na MX2. Para mim, mesmo não sendo um título, foi o mais importante, pois, eu aprendi muito durante toda a temporada e, agora, posso falar, com certeza, que estou preparado fisicamente e mentalmente para conquistar o título neste ano”, conta com orgulho o piloto.
Preparação
“Meu motor foi feito nos Estados Unidos, cabeçote todo preparado, além de usar pistão e válvulas especiais. A ignição é Vórtex, mapeada pela Twisted Development. No Brasil, a Protork desenvolveu os escapamentos, testados no dinamômetro da empresa, melhorando ainda mais a performance, principalmente, na média e alta da moto”.
Início da Parceria
“No final de 2016, quando fiquei sabendo que o Jorginho e a Mari fariam uma equipe para o ano seguinte, eu falei para o meu pai que queria estar nessa equipe, já imaginava estar em uma corrida com os dois passando toda a sua experiência para me ajudar. Infelizmente, não deu certo no primeiro ano, mas, no ano seguinte, eu liguei para eles e deixei bem claro que estava disponível”.
Objetivo
“Meu objetivo principal é conquistar o título Brasileiro na MX2. Devido a pandemia, ainda estou analisando qual campeonato estadual vou seguir, e claro, buscar o título do mesmo também!”
Treinos na pandemia
“Os treinos físicos não pararam, sempre pedalando e malhando com meu treinador físico e triatleta Diogo Malagon. Também muito importante manter a dieta e, no meu caso, quem coordena essa parte é o nutricionista e ex-piloto Bernardo Starling”.
Experiência em pré-temporada
“Em 2018, antes de a temporada começar, eu peguei todo meu dinheiro que havia guardado e passei 15 dias na Califórnia, treinando; foi uma experiência incrível. Ver como nosso esporte é levado a sério lá, isso aumentou ainda mais a minha vontade de ir correr lá um dia!”
Hobbies
“Gosto bastante de outros esportes, o único problema é que eu tenho um pé para o lado radical, e para evitar possíveis acidentes, deixo para praticá-los após a temporada; skate, bmx, wakeboard e patinete são meus preferidos. Também gosto bastante de jogar vídeogame com meus amigos e de sair com eles”
Mudanças no campeonato brasileiro
“Na opinião, e não só minha, mas de todo o grupo Elite, que é um grupo com os principais nomes do motocross brasileiro, chefiado pelo Balbi, onde nos reunimos todas as etapas, o nível das pistas tem sido o que nós mais estamos batendo na tecla. Enquanto no MXGP e no AMA as pistas ficam cada vez mais técnicas, no BRMX elas seguem o caminho inverso. Isso nos distância mais e mais do nível desses pilotos, o que é frustrante!”, finaliza o piloto.
Adaptação do texto de Celestino Flaire Jr.,
Revista Dirt Action