Polícia Civil fala sobre assassinato brutal em chácara

Donizeti Aparecido de Azevedo, de 49 anos de idade, foi brutalmente assassinado na tarde de quarta-feira, 29, em uma área rural da cidade de Cosmópolis, que pertence ao bairro Beto Spana. De acordo com o histórico da ocorrência, a equipe do Setor de Investigações Gerais – Polícia Civil – ao tomar conhecimento do encontro de um cadáver com uma faca cravada em sua cabeça, foi imediatamente ao local para acompanhar o trabalho da perícia e buscar indícios para auxiliar na investigação. Durante o trabalho da perícia, foi possível observar que a vítima possuía outros
ferimentos na cabeça produzidos por martelo. No local, foram encontradas câmeras de monitoramento que gravaram a atuação do autor do delito carregando o corpo da vítima.
Após análise das imagens e com auxilio dos familiares da vítima, o Setor de Investigações Gerais conseguiu levantar alguns suspeitos.
Durante o trabalho de investigação, foi possível verificar uma imagem postada em uma das redes sociais de um dos suspeitos usando a mesma bermuda que o autor estava usando no dia dos fatos. De posse dessas informações, a equipe do Setor de Investigações Gerais da Delegacia foi até a residência do suspeito, contudo, ele não estava no local. Após algumas  diligências, foi possível localizá-lo.
Ainda segundo o B.O. da Polícia Civil, o adolescente suspeito tem 15 anos e confessou a prática do ato infracional de homicídio. Ele foi conduzido até a delegacia junto com sua genitora para ser ouvido formalmente. O autor do crime apresentou um vídeo em seu celular no qual ele cravou uma faca no crânio da vítima e ainda estava desferindo golpes com um martelo na cabeça. O adolescente afirma que praticou o ato infracional em virtude de a vítima ter enviado mensagens de cunho sexual para um familiar, contudo, o
familiar nega tal situação.

Coletiva de imprensa
Na tarde de terça-feira, 05, a Polícia Civil de Cosmópolis concedeu uma coletiva de imprensa para esclarecer mais detalhes sobre o caso. Na situação, o delegado Dr. Fernando Fincatti Periolo afirmou que, neste momento, o autor do crime está detido na cadeia pública de Sumaré, em uma ala para adolescentes, mas, aguarda transferência para Fundação Casa nos próximos dias. O delegado responsável pelo caso disse que ainda há testemunhas a serem ouvidas. Também afirmou estranheza em se tratar do primeiro crime do autor, com tanta crueldade e frieza.
Veja, na íntegra, na Página Oficial da Gazeta de Cosmópolis, a entrevista com o Delegado responsável pelo caso e com um familiar da vítima, proprietário do imóvel particular onde a vítima foi encontrada com uma faca desferida na cabeça.

Palavras do Dr. Fernando Fincatti Periolo
Durante a coletiva, o Delegado de Polícia, Dr. Fernando disse que o menor infrator revelou que o homicídio teria sido por causa de um suposto estupro que teria sido cometido pela vítima e que para honrar a jovem, ele teria cometido esse crime. Contudo, Dr. Fernando esclarece que “porém, essa versão ainda está sendo averiguada, visto que foi desmentida por outras pessoas, testemunhas não do crime, mas do caso, em um contexto maior. O autor do crime frequentava esta chácara, conhecia a vítima, tinha até uma relação de amizade com a vítima. A vítima era o caseiro desta casa. O autor do crime frequentava, tinha ido a uma festa lá. O caseiro desenvolveu uma relação de amizade com o autor, começaram a ter um contato maior. Trocavam mensagens no WhatsApp e coisas deste tipo”.
Vale lembrar que a Polícia já concluiu que o autor do assassinato cometeu o ato sozinho. As investigações prosseguem para saber se houve algum mandante ou algum mentor que pudesse estimular o ato.
O adolescente ainda filmou com o próprio celular a brutalidade do crime. “Eu vi a filmagem da vítima quase morta, quando o infrator pega o martelo e bate várias vezes na cabeça da vítima. Essas imagens estavam no celular do adolescente e foram uma prova cabal do crime”, confirmou o Delegado de Polícia.

A família
“Para mim, foi um susto. Não acreditei quando vi aquele tipo de homicídio. Não houve o suposto estupro porque o rapaz (vítima) não tinha condições de cometer este tipo de ato. Convivia comigo há mais de 30 anos. Acredito que todo ato errado precisa ser esclarecido. Toda pessoa precisa ressocializar. Não é porque fez isso ou aquilo que não tem o direito de ressocializar.
Se trata de um moleque de 15 anos que tem a vida toda pela frente. Basta ele cumprir o que será determinado e repensar para se tornar um homem de caráter. Apesar disso, lamentamos muito o que aconteceu!”.