Pré-eclâmpsia pode afetar tanto gestante quanto bebê

Mesmo que as últimas semanas tenham tido temperaturas bem altas, estamos na estação mais fria do ano, que pode ter alterações de temperatura a qualquer momento. A queda de temperatura pode representar muitos riscos às gestantes, estes, muitas vezes, desconhecidos. A pré-eclâmpsia é uma doença que costuma afetar bastante as grávidas em épocas mais frias.

O Ginecologista Dr. Rodrigo de Angelis explica que a pré-eclampsia está relacionada ao aumento da pressão arterial na gestação. “Com a queda da temperatura, os vasos sanguíneos se contraem, levando a um processo chamado vasoconstrição, ocasionando o aumento da pressão arterial. Como a pré-eclâmpsia é uma doença hipertensiva, ela pode ser mais comum em dias frios, mas isso não significa que essa seja a causa da doença”, observa.

O especialista informa que a doença afeta cerca de 5% das gestantes após a vigésima semana de gravidez, podendo ocorrer em qualquer fase da segunda metade da gestação, no parto ou até mesmo no pós-parto. “A pré-eclâmpsia pode ser leve ou grave; quando grave, pode afetar vários sistemas do corpo, como reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, o que pode causar restrição de crescimento ao feto intrautero”, ressalta ele.

Dr. Rodrigo adverte que a pré-eclâmpsia pode ainda evoluir com um aumento significativo da pressão, colocando a mãe e o bebê em risco.

Dr. Rodrigo de Angelis é Ginecologista CRM: 96086 Medclin Cosmópolis

Dr. Rodrigo de Angelis é Ginecologista
CRM: 96086
Medclin Cosmópolis

Embora a causa exata da pré-eclâmpsia não seja conhecida, o Ginecologista cita alguns fatores de risco que estão relacionados a doença. São eles:
• Extremos de idade;
• Obesidade;
• Problemas crônicos de saúde;
• Diagnóstico anterior de pré-eclâmpsia;
• Gestação de gêmeos;
• Primeira gestação;
• Intervalos maiores de 10 anos entre as gestações.

Os sintomas mais comuns da pré-eclâmpsia, de acordo com o especialista, são:
• Pressão alta;
• Cefaleia (dor de cabeça);
• Visão turva ou escotomas (visualização de pontos brilhantes);
• Edema (principalmente em face e membros);
• Ganho de peso rápido.

O Ginecologista informa que é possível controlar a doença através de medicamentos, mas que ela somente é curada quando o bebê nasce. “Medicamentos anti-hipertensivos são indicados para o controle dos sinais e sintomas. A única cura para a pré-eclâmpsia é o nascimento do bebê, mas, ainda assim, a mãe deve continuar a ser monitorada e com medicação no pós-parto”, esclarece Dr. Rodrigo.

Portanto, a gestante deve realizar o acompanhamento adequado com seu profissional de confiança, além de realizar todos os exames requeridos neste período de gravidez. No caso de sintomas diferentes, a mulher deve procurar auxílio médico o mais rápido possível.