Na noite de terça-feira, 26, o prefeito Municipal de Cosmópolis, José Pivatto, junto dos Secretários de Obra e Planejamento, Tiago Ribeiro e Mauro Pereira, se reuniram com moradores da região do bairro Laranjeiras I e II afim de tentar solucionar questões do asfaltamento na região, que ainda é a única em perímetro urbano sem pavimentação, e que, segundo os moradores, perdura por anos.
Já no início da reunião, o prefeito de Cosmópolis sugeriu três alternativas aos moradores que estavam reunidos no Sindicato dos Químicos.
a) Contratação direta de empresa – pelos moradores ou associação de moradores para a execução das obras.
b) Uma linha de financiamento parcial – Parte do empreendimento, que é caro, para fazer tudo que precisa ser feito, considerando que, no mínimo, é um empreendimento que ultrapassa os quatro milhões de reais.
c) Buscar emenda junto a parlamentares – Porém, se trata de um processo mais demorado.
O prefeito comentou, ainda, a situação atual do bairro. Acompanhe na íntegra:
“Primeiro, nós realizamos um levantamento de todos os lotes do Laranjeiras I e II com área de pavimentação de cada lote e, depois disso, o custo de pavimentação de cada lote. Foi um trabalho detalhado. Nós estamos buscando junto ao Banco do Brasil um financiamento para parte do empreendimento, onde o Banco até disponibilizou recursos, um empréstimo, para máquinas, equipamentos e computadores, e agora, pedimos para a infraestrutura, que se tratam do asfalto e galeria de águas pluviais.
Depois, em relação às emendas parlamentares, há uma vantagem e uma desvantagem; necessitam de toda uma documentação que, no momento, a Prefeitura batalha para reaver, sendo a principal, a certidão Negativa de Débito do INSS, que a Prefeitura deixou de ter, após dívida do governo anterior”.
Diante disso, o prefeito explanou as três propostas aos moradores. Acompanhe, mais uma vez, na íntegra:
“A primeira delas, que seria para atender em uma tacada só o bairro inteiro com guias, sarjetas e pavimentação. Seria feita através de uma empresa privada e um contrato firmado com os moradores ou a associação. Nesta proposta, consultamos uma empresa para se obter uma média. Contudo, obviamente, foi para uma noção de preços, ela pode ser cotada com qualquer outra. A empresa apresentou o metro quadrado de asfalto por R$ 65,00 e apresentou uma forma alternativa que seria através do piso intertravado e que ficaria 15% mais barato que o asfalto. E se trata de algo mais ecológico e combina bem também com o loteamento.”
Já na segunda proposta, do financiamento, o problema é a falta de documentação, contudo, podemos continuar tentando esta opção junto a eles. Mesmo a Câmara aprovando, esbarramos nesta parte do financiamento.
Como nós precisamos de uma alternativa, elaboramos a terceira. Nós ficamos paralisados, de primeiro momento, porque precisamos fazer esta galeria, contudo, na Avenida da Saudade ficaria muito mais caro, então, subimos uma Rua, onde capta menor quantidade de água, com tubos menores. Cai o orçamento, transferindo a galeria para a Rua Francisco Bertazzo. Isso porque, mesmo não fazendo a galeria de primeiro momento, podemos começar pelas guias e sarjetas. A Prefeitura abriria uma licitação e já começaria a andar com as obras, onde os trechos estão mais críticos na questão da erosão. Usaríamos a emenda de R$ 675 mil para a galeria e um pouco de asfalto”.
Quanto aos moradores, houve questionamentos.
Morador 1: Eu moro na Rua Ernesto Augusto Tozelli e pago, por ano, R$ 1.800,00 em impostos. Esse asfalto não está pago?
Prefeito: “Quanto ao IPTU, a arrecadação dele, 50% das pessoas não pagam. Além disso, com ele, é preciso manter as creches, postos de saúde e as escolas da cidade, o que, infelizmente, é insuficiente”.
Morador 2: “O senhor foi Deputado Estadual e não conseguiu nos ajudar?”
Prefeito: “É o que estamos fazendo, estamos atrás dos parlamentares de hoje em busca de emendas para sanar esses problemas. Porém, o processo de emenda é mais demorado”.
Morador 3: “Eu sou morador do bairro há 40 anos. Pouco tempo atrás, fizeram a rede de esgoto, há apenas cinco anos. A água chegou aqui, inclusive, com problemas, há cinco anos. Ou seja, o serviço básico daqui chegou quando deveria ter chego há 40 anos. A cidade cresceu, ganhou estrutura, o prefeito já foi prefeito, deputado e prefeito de novo e sabe deste bairro. Eu pago imposto há 40 anos e, para tirar um galho caído, precisamos reunir em 30, implorar para Prefeitura vir retirar. Precisa direcionar mais recurso para onde, em quarenta anos, não foi feito recurso nenhum. Concordo, é preciso dividir, mas, aqui não chegou nenhuma parcela de nada. É preciso melhorar nossa qualidade de vida”.
Mauro Pereira: “Mas, usamos, neste tempo, o número pelo preço, ou seja, bairros mais populosos por preços menores. Aqui se trata de um bairro menor em população e maior em tamanho de lotes. Priorizamos onde se atende número maior com custo menor; agora, só falta este bairro”.
Finalização
Após intensas discussões e contrapartidas, foi escolhida a terceira opção, onde a Prefeitura começa dando a contrapartida. “Ficou valendo a última proposta, mas, ainda, não desisto do Banco do Brasil. A terceira proposta está aprovada!”.
Na ocasião, Mauro Pereira usou boa parte do tempo falando sobre os trabalhos da Prefeitura e empenho para resolver as questões do bairro.
O Prefeito José Pivatto também alegou que não há um real para investimento, mas, afirma que as obras são necessárias e, de alguma forma, os trabalhos começarão. Alegou, ainda, que todas as obras realizadas no município, até o momento, são resultados de emendas e que “nem um centavo foi de investimento direto da Prefeitura, porque dinheiro, não tem – este é o único bairro da cidade que terá nossa contrapartida neste momento porque vemos a real necessidade”.
Alguns questionamentos pendentes ainda foram realizados, mas, em seguida, a conversa foi encerrada.