Primavera começa nesta sexta-feira com temperaturas altas

A primavera, uma das quatro estações do ano, entra nesta sexta-feira, 22, com previsão para se encerrar apenas em dezembro. A estação também é conhecida popularmente como ‘estação das flores’ e, por isso, é comum ver diversas flores e árvores florescendo como, por exemplo, os Ipês Rosa que podem ser vistos em todo o município.
Além disso, a primavera é o período em que se inicia a estação chuvosa, como explica o pesquisador do Centro de Pesquisas

Professor Jurandir Zullo Júnior, coordenador da Cocen e pesquisador do Cepagri

Meteorológicas e Climáticas Aplicadas e Agricultura (Cepagri), Jurandir Zullo Junior. “No começo da estação, o ambiente ainda é seco, mas à medida que vão passando os dias, vão aumentando as chances de chuvas”.
Até o momento, a perspectiva é que as chuvas fiquem dentro da normalidade e um pouco acima do normal. “As previsões em longo prazo são de três meses e elas indicam tendências. Lógico que como uma tendência, pode ter mês que chova muito, outro menos e outro não chova”.
Na primeira semana da estação, as temperaturas serão com mínimas em torno de 17 e 18 graus pela manhã e máxima beirando 30 graus na parte da tarde. “Até o dia 28, não temos uma perspectiva de chuva, então as temperaturas devem ficar nessa faixa que nós estamos registrando na última semana do inverno”.
Segundo Junior, a partir do dia 28 de setembro, o clima pode começar a se alterar, assumindo o comportamento de primavera. “A primeira metade da estação ainda oscila, ficando seca e, a partir de outubro e novembro, já aumentam as chances de chuvas”.
Além disso, o pesquisador ressalta que a população deve se preparar para o calor, principalmente, nos meses de setembro e outubro.

Umidade do ar
A umidade relativa do ar em Cosmópolis, no período de inverno, chegou a ficar em estado de alerta máximo, pois registrou número abaix

Reginaldo Risonho
Coordenador da Defesa Civil

o de 12%, segundo a Defesa Civil da cidade.
A escala psicrométrica de classificação dos estados de criticidade da umidade do ar é classificada da seguinte forma: Estado de Atenção – entre 21 e 30%; Estado de Alerta – entre 12 e 20%; Estado de Alerta Máximo abaixo de 12%.
O coordenador da Defesa Civil de Cosmópolis, Reginaldo Risonho, explica que a umidade do ar é mais baixa, principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas.
Além disso, também reforça que alguns problemas são decorrentes da baixa umidade como, por exemplo, complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos e também aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.
Com a chegada da primavera, Risonho alerta que alguns cuidados ainda precisam ser tomados. “Com a mudança de temperatura da estação, podem ocorrer alguns problemas na cidade como, por exemplo, micro explosões, vendavais e queda de árvores”.

Apesar da falta das chuvas, o nível do rio tem se mantido

Chuvas e Rios
Em Cosmópolis, foram registrados 32 dias sem chuvas na cidade, segundo dados da Defesa Civil.
Apesar do período de estiagem, a falta de chuva não afetou o município, como explica Risonho. “Os níveis têm se mantido, não têm baixado muito quando comparados ao período de seca que tivemos em Cosmópolis em 2013 e 2014. O nível da represa se manteve e o Rio Jaguari baixou, mas está dentro dos limites”.
Embora o período sem chuva não tenha afetado os níveis do abastecimento da cidade, Risonho lembra a importância de não desperdiçar água. “Fechar a torneira ao escovar os dentes, economizar na hora de lavar os quintais são algumas iniciativas que ajudam a economizar”.

Incêndio criminoso na Av. da Saudade que, segundo os moradores da região, é recorrente

Incêndios
Durante 32 dias sem chuvas no município, já foram registrados aproximadamente 60 casos de incêndio na cidade.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Cosmópolis, Reginaldo Risonho, o maior número de casos de incêndio foi em julho deste ano, com 80 casos. “A maior parte das ocorrências é de cunho criminoso, as pessoas jogam lixos perto de lugares que têm mato e acaba pegando fogo”.
Para os próximos meses de primavera, Risonho espera que haja uma queda de registros de incêndio. “A tendência agora na primavera é diminuir, pois, nos próximos meses já começa o período de chuvas”, finaliza o coordenador.