Principais dificuldades na amamentação

Olá leitoras do Ser Mulher! Como estão? Prometi a vocês que falaria sobre as principais dificuldades na amamentação e aqui estou eu. Costumo dizer que a amamentação é algo natural, mas nem sempre tão simples. Há diversas coisas que pode atrapalhar nesse novo aprendizado da mãe e do bebê. Vamos à lista?
– Falta de apoio: a falta de apoio sempre será a principal dificuldade da amamentação. Sem apoio familiar e de uma rede de amigos, mulher alguma consegue amamentar. Devido à “cultura da mamadeira e fórmula”, a amamentação é pouquíssima incentivada; qualquer problema que surge já tem alguém para dizer “dá mamadeira para o bebê”, sendo que é comum aparecerem problemas durante o processo de amamentar, por isso, procure sempre uma ajuda especializada no assunto;
– Bicos artificiais: outra cultura que temos que quebrar é o uso constante de bicos artificiais (mamadeira, chupeta, bico de silicone). A sucção que o bebê faz no seio é completamente diferente da sucção em bicos artificiais. Utilizar os bicos desde o início da vida do bebê é um grande risco para que ele desmame ou mesmo nem aprenda a mamar corretamente;
– Bicos planos ou invertidos: esses sãos os bicos mais desafiadores na amamentação. Sempre digo que o bebê não mama o bico, e sim a aréola da mãe. Neste caso, é sempre muito importante oferecer a mama mais vazia ao bebê para que ele possa abocanhar o seio. Além disso, amamentar nas primeiras horas de vida (quando há ainda só o colostro) é essencial para que o bebê já aprenda a mamar corretamente;
– Rachaduras ou fissuras: a maioria delas é causada pela pega errada do bebê. Lembre sempre desta frase: Amamentar não dói, se dói é porque tem algo errado. Caso aconteça a fissura, é necessária uma análise do que está acontecendo e corrigir a pega. Para curá-la, basta passar o leite materno na aréola e bico após cada mamada e, de preferência, deixar a mama ao ar livre e com exposição ao sol;
– Micoses: normalmente é passada do bebê para a mãe. O mamilo costuma ficar rosado, com prurido, sensação de queimação e com os seios rachados. A prevenção é expor a mama ao sol e não deixar utilizar conchas e protetores que aumentam a umidade da região. O tratamento deve ser feito juntamente com o bebê conforme orientação médica;
– Mastite: é uma infecção do tecido que rodeia a mama, as causas mais frequentes são: rachaduras dos mamilos, congestão mamária, retenção de leite, “pular” mamadas. O estresse e o cansaço materno são outros fatores que contribuem. O quadro clínico se caracteriza pela dor, pela congestão e irritação local na pele. Geralmente, há dor na mama como um todo, febre alta e calafrios;
– Abcesso mamário: ocorre, com frequência, por causa de uma mastite tratada inadequada ou tardiamente. Geralmente, necessita de cirurgia, ainda que, ocasionalmente, a mama possa se esvaziar de maneira espontânea através de um ducto. Analgésicos e antibióticos são indicados e é recomendado suspender a amamentação do lado afetado de 24 a 48 horas após o tratamento, mas seguir extraindo o leite para manter a produção. Passados dois dias, deve-se retomar a amamentação;

Por Bruna Genaro Leite,
Jornalista e Consultora de Amamentação
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– Crises transitórias do aleitamento: entre o segundo e terceiro mês de vida do bebê, há uma grande crise no aleitamento, quando o bebê passa a mamar mais vezes e a mãe já não sente mais o peito tão cheio de leite. A mãe começa a pensar que o leite está secando ou que não está satisfazendo o bebê. No entanto, quando é pesado, o bebê continua engordando. Nessa idade, o bebê tem seu peso quase duplicado em relação àquele do nascimento, o que requer um maior volume de leite. A única forma para obtê-lo é mamando com maior frequência para estimular mais a glândula mamária e, assim, a própria produção de leite. Rapidamente, entre 5 e 7 dias, a produção de leite é regulada e a frequência das mamadas retorna ao normal. Vale lembrar que no primeiro semestre de vida do bebê essas crises podem acontecer algumas vezes;
– Ductos obstruídos: acontece por diversos motivos e em diferentes momentos do aleitamento. É quando um ducto “entope” e muitas vezes podem aparecer como se fosse uma espinha no bico do peito ou ser apenas uma obstrução interna. Podem ser feitas compressas frias na região e realizar massagens antes e depois das mamadas.
Bom, listei para vocês alguns dos principais problemas relacionados à amamentação. Se você tiver alguma dúvida, entre em contato comigo, vai ser um prazer ajudar. Agora, deixo meu convite às gestantes cosmopolenses que querem se preparar ainda mais para o parto, amamentação, cuidados com o bebê, etc. O grupo Mãe Coruja está com vagas abertas para a próxima turma que tem início no dia 13 de agosto. Serão seis encontros com um bate papo bem dinâmico para explicar mais sobre a maternidade. As vagas são gratuitas, mas limitadas. Para se inscrever, basta ligar no telefone: 3872-1019. Os encontros acontecem todas às segundas-feiras, às 13h30, na Rua Otto Herbst, 239 – Centro. Nos encontramos lá!