Procura para cirurgia de estrabismo tem crescido

O Estrabismo é um desvio do olhar, que significa perda do alinhamento, conhecido popularmente como “olho torto” ou “vesgo”. “Temos três tipos básicos de estrabismo: o desvio convergente, que é para dentro; o desvio divergente, que é para fora; e o desvio vertical, que é para cima ou para baixo”, esclarece Juarez Tavares dos Santos, Médico com especialidade em Oftalmologia.
A cirurgia para estrabismo tem sido cada vez mais procurada, principalmente, por conta da valorização da autoimagem e estética. “Em geral, adultos jovens são os que mais procuram a cirurgia. Nos adultos, a operação pode ser até mais fácil, já que pode ser usada somente a anestesia local”, explica Juarez.

Quando operar?
“Mais comumente, se opera quando gera desconforto estético ao paciente. Pode ser também nos casos de diplopia, quando se veem duas imagens”, explica. Entretanto, não são todos os tipos de estrabismo que podem ser corrigidos por meio da cirurgia. No caso do estrabismo causado pela hipermetropia, não tem indicação cirúrgica. Mas, nos estrabismos com indicação, há casos em que é necessário operar precocemente, para que não haja risco de ocorrerem danos no desenvolvimento visual. “No adulto, não tem como objetivo principal a função visual como nas crianças, mas sim, para melhorar a aparência”, conclui.

Preço:
O preço médio da cirurgia para estrabismo varia de R$ 2.500 a R$ 5000 se for particular. No entanto, pode ser feita gratuitamente pelo SUS quando o paciente não apresenta capacidade financeira para pagar a cirurgia.

Operação
A cirurgia é simples e dura cerca de uma hora.
O primeiro passo é manter as pálpebras abertas com um instrumento de metal chamado lid speculum. São feitos cortes na região do globo onde se conectam os músculos extraoculares, que ajudam a fixar sua posição.

Há perigos?
“Não temos perigos com essa cirurgia. Além da técnica utilizada, contamos com a reação inflamatória e cicatrização local que podem variar entre os pacientes, por isso, às vezes, é necessário mais de um procedimento”, comenta.

Pós operatório

Juares Tavares dos Santos
Oftalmologista
CRN 79483
Atende na rua Presidente Getulio Vargas, 354, Centro
FOTO: Gazeta

É recomendado o repouso de uma semana e evitar esportes de contato por mais sete dias.
Durante algumas semanas, o ex-estrábico vai enxergar “embaçado” porque o cérebro e os olhos ainda precisam se acostumar com o novo alinhamento.
Em até seis semanas, os pontos se dissolvem.
Após a cirurgia, os cuidados mais importantes incluem:
• Evitar conduzir no dia após a cirurgia;
• Voltar ao trabalho ou escola apenas 2 dias após a cirurgia;
• Usar os colírios prescritos;
• Tomar os remédios prescritos pelo médico que podem incluir analgésicos ou antibióticos;
• Evitar nadar durante duas semanas.

Outros métodos
Às vezes, a cirurgia não precisa ser feita. Os casos de baixa seriedade podem ser tratados com os chamados “óculos corretivos”. Outra alternativa é usar um “tampão” no olho “normal”, assim estimulando o reposicionamento do outro – isso pode durar alguns meses. O estrabismo pode também ser corrigido com a aplicação da “toxina botulínica”, o “botox”, no músculo ocular.

Em adultos, a cirurgia pode ser feita em qualquer momento, desde que não tenha contraindicações nos exames pré-operatórios ou outras condições de saúde que impeçam a cirurgia. É necessário sempre o acompanhamento de um especialista.