Produzir frutos

Em Mateus 7:16-20, lemos: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Estava ouvindo uma preciosa mensagem de um igualmente precioso pregador, na qual ele dizia que as árvores não precisam se esforçar para dar seus frutos. Isso parece até óbvio, mas nos traz preciosas lições. Se existe algo que uma árvore frutífera pode desenvolver (desde que esteja saudável), esse algo é o objetivo para o qual ela foi criada. Uma laranjeira, por exemplo, naturalmente produz laranjas, assim como um abacateiro, abacate. Em paralelo, podemos entender que, da mesma forma, nós, como árvores cristãs, devemos produzir naturalmente os frutos correspondentes. Mas, será que de fato é isso que temos produzido?
Neste contexto, importante extrairmos dois valiosos princípios do texto bíblico acima. O primeiro (que confirma a visão acima) é que nenhuma árvore produz um fruto que não seja o de sua natureza, e o segundo é que existe, sim, a possibilidade de uma árvore deixar de gerar até mesmo os frutos que nasceram para prosperar. Vale dizer que, nesse último caso, ela deixa de cumprir sua principal missão, e assim, é considerada sem serventia.
Da mesma forma, infelizmente, podemos perceber, hoje em dia, que muitas das pessoas que se dizem filhas de Deus não passam de árvores secas, sem nutrientes de vida em si próprias e, consequentemente, sem a estrutura necessária para desenvolver os devidos frutos. Aliás, se permanecerem nesse estado, sua existência não cumprirá a finalidade para a qual foram criadas e, portanto, serão cortadas e lançadas no fogo.
E por que muitas permanecem infrutíferas? Principalmente, porque os homens possuem uma forte tendência em buscar, logo de início, grandes frutos de efeitos satisfatórios, mas não é por eles que devemos iniciar. Eles são o resultado de uma árvore sadia e completa, e vale dizer que não há como nascerem se a ordem natural das coisas estiver invertida.
O que está faltando em nosso meio é a sede de primeiramente nos alimentarmos de forma correta da vontade e da direção de Deus, lendo a Palavra, orando e aplicando no dia-a-dia tudo o que tivermos aprendido, pois somente assim, alcançaremos o inevitável crescimento da árvore e a consequente produção dos frutos que o Senhor quer gerar através de nós. Portanto, nunca comece esperando pelo resultado. Comece pelo que o causa!