A primeira palestra do projeto contou com 12 pessoas, das quais não foram identificados os motoristas que receberam ou não a autuação
O projeto de converter autuações de natureza leve e média no trânsito em palestras educativas indicou que a autuação mais comum entre os motoristas que buscaram a conversão é estacionar na contramão da direção, de natureza média.
A primeira palestra aconteceu 2 dias após o anúncio do projeto e contou com a presença de 12 pessoas. O evento aconteceu na escola Milton Frungilo, onde os presentes constituíram-se de pessoas que pediram a conversão e outras que foram convidadas a participar.
Essa medida de interação visa trabalhar de maneira igualitária, de forma que nenhum presente conseguirá distinguir quem sofreu ou não autuação. O diretor de trânsito Gerson J. Da Silva explica “pegamos as pessoas que pediram a conversão e misturamos com as convidadas”. Desta forma, “todo mundo vai ser tratado igualmente e todos são convidados”.

Os participantes receberam, ao fim da palestra, o certificado de conclusão do projeto (Foto: Gazeta / TV Jaguari)
As palestras devem acontecer uma vez por mês. Para participar, basta pedir a conversão, ou a participação, assinar uma lista de presença e um termo de uso da imagem. Ao final, todos receberão um certificado e adesivo para divulgação do evento.
O tema usado é “Conscientizar para praticar um trânsito seguro”. Na palestra, por meio de dinâmica e vídeos, foram abordados assuntos referentes à atividade do agente da autoridade de trânsito, a abordagem policial. “Por que o agente chega e autua? Por que não existe bom senso?”. Além disso, foi abordado também como agir em uma abordagem, bebida e direção, vagas especiais, celular e também as fases da autuação.
Na próxima palestra, que ainda está com data indefinida por conta da formação de turma, o conteúdo palestrado será o mesmo. O diretor de trânsito afirmou que “as pessoas que participaram já pediram para que o nome fosse incluído nas próximas palestras”. Ele conta que até mesmo pessoas que cometeram infrações graves, ou gravíssimas, queriam participar da palestra, mesmo sabendo que não haveria a conversão da autuação.
Ele afirma que houve bastante interação do público, com perguntas e esclarecimentos de dúvidas. Gerson acredita que exista uma carência de informação para as pessoas, com relação à educação de trânsito.
O diretor conta que, além dos motoristas, a ideia é expandir a conscientização para as crianças e adolescentes. “Em nosso projeto de educação de trânsito, temos planos até para veículos de propulsão animal, ou seja, carroceiros”.
Gerson salienta que “por aplicar esse projeto, deixamos de arrecadar os valores das multas”, porém, para ele, “nosso objetivo não é financeiro, e sim, mostrar uma nova conduta para o condutor, de forma que ele pratique um trânsito seguro e confiável”.