Pronto Socorro do HBSG normaliza atendimentos

Após alguns dias de imprevisto com os atendimentos no Pronto Socorro do Hospital Beneficente Santa Gertrudes, as atividades voltaram ao normal neste sábado (02). Segundo a presidência do HBSG, na data de hoje, sábado, o quadro médico da instituição está completo e o atendimento aos pacientes está normalizado. “Hoje temos dois médicos no PS e atendimentos para gestantes com ginecologista, pediatra e anestesista. Graças a Deus, as coisas voltaram ao normal!”.

É importante lembrar que o atendimento do Hospital passa por uma triagem e segue conforme uma classificação de risco, além de atendimentos preferenciais.

Relembre o caso

Na tarde de sexta-feira (01), foi possível constatar a consequência de um problema que vinha sendo anunciado há meses. Os atendimentos no Pronto Socorro do Hospital Beneficente Santa Gertrudes (HBSG) de Cosmópolis foram suspensos. Pacientes que chegavam até a recepção da instituição eram orientados a voltar na parte da noite ou procurar atendimento em cidades da região. Segundo as próprias recepcionistas do Hospital, a suspensão dos atendimentos se dava por falta de médicos no local.
Segundo a familiar de um paciente, que estava sendo transferido, e que preferiu não se identificar, “o problema já vem ocorrendo desde a tarde de quinta-feira (30)”. Ainda diante dos fatos, a Guarda Municipal de Cosmópolis já havia sido acionada na quarta-feira (29) com os mesmos relatos de suspensão dos atendimentos.

Questionada, a Presidência do Hospital confirmou que realmente “o Hospital está atendendo apenas urgência e emergência por falta de médicos, porém, não se trata de falta de pagamento, pois, todos estão sendo pagos”. Em forma de desabafo, ainda relataram que o Pronto Socorro se encontra em situação precária por também não haver médicos nos postos de saúde do município. “Não há médicos nos postos de saúde e as enfermeiras acabam mandando todo mundo para o Hospital, isso inclui serviços simples como aferir pressão e pegar receitas. Está muito difícil, pois dobrou a quantidade de medicamentos utilizados e não há dinheiro para a compra dos mesmos”.

Na noite de quinta-feira (30), um Boletim de Ocorrência, como forma de resguardo, foi realizado por uma representante do Hospital. No documento, ela alega que um dos profissionais faltou sem prévia comunicação e que outro, do mesmo plantão, também faltou por motivos familiares. Em seguida, determinada funcionária passou a procurar por outros médicos que, de imediato, não puderam assumir o corpo clínico. Ainda no Boletim, a representante relata que entrou em contato com a Guarda Municipal, que compareceu ao estabelecimento para garantir a integridade física dos médicos e funcionários porque o atendimento estava lento e as urgências e emergências eram de atendimento preferencial, o que tumultuou o ambiente hospitalar.

Vale pontuar que a ala da internação continua com os cuidados aos pacientes e a maternidade também possui atendimento normalmente.

Há mais de um ano, o Hospital tem passado por problemas financeiros e, hoje, já tem acumulada uma dívida acima de R$ 5 milhões.