Psicologia das cores: o que é e como funciona esse tipo de terapia

Qual a sua cor preferida? Qual você menos aprecia?
Existem 13 cores psicológicas: vermelho, amarelo, azul, verde, laranja, violeta, rosa, cinza, marrom, preto, branco, prata e ouro. “Pesquisas mostram que as cores preferidas das pessoas são: azul (45%), verde (15%) e vermelho (12%); e as menos apreciadas são: marrom (20%), rosa (17%) e cinza (14%)”, conta a psicóloga Maristela Ramos.
A todo instante, estamos em contato com as cores. “Elas fazem parte da vida; sem elas, o mundo seria diferente. As cores são muito mais que um fenômeno ótico. Acredita-se que sentimentos são associados às cores. O senso comum também dá essa conotação quando diz que o branco simboliza a paz, o luto é representado pelo preto, o vermelho demonstra a paixão, o cinza a tristeza e por aí segue”, explica Maristela.
A psicologia das cores é assim denominada porque se percebeu que todos têm suas cores de preferência que mudam de acordo com os sentimentos e atitudes. “Sentimentos e cores não se combinam ao acaso, nem são somente gostos individuais, tratam-se de vivências desde a infância que foram enraizadas profundamente na linguagem e pensamento de uma pessoa. Ou seja, em algum momento da vida, a cor foi associada a algo que se estava vivenciando ou sentindo no momento, e é por isso que não se consegue explicar as razões de gostar ou não de uma cor”, esclarece Maristela.
Os significados próprios de cada um para as cores também levam em consideração o país e a cultura, fazendo com que sejam relacionados a sentimentos, comportamentos, ações, experiências, ambientes ou acontecimentos específicos do passado. Então, “o cuidado por meio das cores é um processo individualizado, em que o profissional que trabalha nessa área observa a necessidade de cada pessoa e suas formas de reação às cores.
Quem trabalha com cores (artistas, cromoterapeutas, designers gráficos, arquitetos, moda etc.) precisa saber a forma como as cores afetam as pessoas e seguem teóricos que escreveram sobre uma linguagem universal de efeitos. Eis uma contradição, como se utilizar de uma linguagem universal se deve-se levar em consideração o significado único de cada um?
O que os testes com cores revelam sobre o caráter? Os primeiros testes com cores surgiram na década de 40. Supostamente seriam capazes de analisar o caráter de uma pessoa com base apenas nas cores que elas preferem e nas que menos lhes agradam. Porém, a psicologia científica mostrou-se em diversos momentos cética a qualquer teste com cores.
A crítica era que os manuais de interpretações eram vagos, impossibilitando distinguir/comprovar o que é verdadeiro ou falso. Hoje, existem testes validados, como o teste das pirâmides coloridas, inclusive, utilizado em algumas pesquisas com crianças surdas”, explica a especialista.

Cura pelas cores

Maristela Lopes Ramos
Psicóloga
CRP: 06/136159
R. Santo Rizzo, 643
Cel. (19) 98171 8591

Há séculos que se tenta a cura pelas cores. “Os cientistas dizem que o único fator decisivo é a crença no poder de cura das cores, pois, cientificamente, não é comprovável qualquer efeito como meio de cura para órgãos adoecidos do corpo. Mas, é indiscutível que as cores agem sobre os sentimentos e sobre a razão. A ação psicológica para quem acredita nesse poder de cura pelas cores pode talvez trazer uma melhora mais rápida nas doenças, cuja cura dependa do fator tempo”, conta.
As terapias cromáticas não têm efeitos colaterais e podem ser utilizadas como fontes alternativas paralelas aos tratamentos convencionais. “O problema seria a credulidade cega que ignora a realidade de uma doença, em que a pessoa abandona os tratamentos médicos e psicológicos, para apenas se apoiarem em terapias consideradas alternativas”, esclarece.
Arteterapias, como especificamente a pintura com cores, também são terapias coadjuvantes de suporte psicológico. “Ajudam na concentração, pois, a pessoa precisa ordenar os pensamentos. Muitas pessoas acham difícil exprimir sentimentos por palavras, mas, conseguem torná-los visíveis por meio das cores e do seu simbolismo. Enfim, ainda que terapia com cores, incluindo a pintura, não possa derrotar doenças, pode, no entanto, diminuir a angústia que elas geram nas pessoas e fortalecê-las psicológicamente” conclui.