Puma GTE ano 1978 encanta pelo desenho e curvas aerodinâmicas

Veículo foi desenvolvido sobre a plataforma VW 1600

A paixão por carros antigos cresceu bastante recentemente. De acordo com pesquisa feita em 2019 pela Fédération Internationale des Véhicules Anciens (FIVA), entidade da qual a Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) é a representante oficial no país, o mercado nacional de carros antigos movimentou R$32,6 bilhões naquele ano. Muitas pessoas possuem o hobby de colecionar carros antigos e Victor Barbieri é um deles.
“O meu carro é um Puma, modelo GTE, ano 1978, um carro fora de série produzido no Brasil pela Puma Automóveis, a empresa brasileira com maior número de produção de veículos esportivos da história.
Eu sempre gostei de carros antigos, assim como sempre gostei de coisas antigas no geral. Me encanta muito como antigamente tudo era produzido com muito esmero, qualidade de matéria prima e sem economia. Os detalhes de acabamento e o design de um carro antigo chegam a ser algo artístico, é impressionante.
Sem contar que o antigomobilismo é uma prática que vem se popularizando cada vez mais no nosso país, o que é muito importante, pois ter um carro antigo, restaurar, cuidar e trazer novamente à vida esses carros, é preservar a história automobilística.
Essa história carrega muitas emoções e paixões. Sempre que ando com meu carro e encontro algum apaixonado por carro que viveu os anos 80, os comentários e as lembranças são sempre muito positivos.
Eu escolhi o Puma GTE por ser um carro que eu particularmente acho muito bonito, sou apaixonado pelo desenho e as curvas aerodinâmicas que ele possui. Sempre comento que esse design é atemporal, a esportividade que ele apresenta não o faz parecer um carro de mais de 40 anos de idade.
Também tem o fato de a Puma ser uma parte muito importante da história automobilística brasileira, eles produziam esses carros esportivos, desenvolvidos sobre a plataforma Volkswagen 1600, para atender a demanda do mercado brasileiro por esportivos, já que, na época, o país era fechado para importações. Pelo fato da mecânica ser Volkswagen, a manutenção desse carro é bem simples e barata, o que foi outro ponto positivo para me fazer escolher o meu primeiro carro antigo.
Se você não for um apaixonado por carros e estiver prezando por economia, e me perguntar se compensa comprar um carro antigo, eu já te adianto que não. Se você quer um carro para utilizar no dia a dia, sem preocupação, com mais segurança, economia e comodidade é claro que carros mais novos serão melhores opções.
Mas, se você gosta de carros, quer sentir a emoção de estar dirigindo um pedaço da história, fazer uma viagem no tempo, ter o prazer de cuidar de um carro que é uma obra de arte que encanta os olhares por onde passa, o antigomobilismo é um mundo que, para os apaixonados, compensa muito.
Claro que bem cuidado e com todas as manutenções em ordem, assim como meu carro, você pode utilizar os antigos no dia a dia. Eu mesmo, sempre que preciso, estou por aí com o meu. Depois, os conhecidos sempre comentam que me viram pela cidade”.