Na puberdade, a obesidade pode acelerar a maturação sexual, porém, não tem evidência de antecipação da menarca ou primeira menstruação
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), obesidade é definida como índice de massa corpórea acima de 30, e dividida em 3 grupos, sendo IMC de 30 -34,9 tipo 1, IMC de 35 – 39,9 tipo 2, e IMC acima de 40, tipo 3 ou obesidade grave.
Para a mulher, o peso acima da faixa de normalidade pode ocasionar aumento de risco para algumas condições em suas várias fases da vida .
Na puberdade, a obesidade pode acelerar a maturação sexual, porém, não tem evidência de antecipação da menarca ou primeira menstruação. Na fase adulta, favorece quadros de onovulação crônica, com atrasos de menstruação frequentes, infertilidade, podendo estar associada a síndrome do ovário policístico, caracterizada pela obesidade, sinais de androgenização, como aumento de acne e pelos, menstruação ausente ou atrasos grandes.
Durante a gestação, vemos uma maior associação de obesidade com problemas obstétricos, como abortos precoces, diabetes gestacional, diabetes tipo 2, risco de parto prematuro aumentado, hipertensão arterial na gestação/pré-eclâmpsia, fetos com peso acima da média ou grandes para idade gestacional (macrossomia fetal). Fica o alerta para as futuras mamães para manter o controle de peso antes e durante a gestação , com dieta balanceada e atividade física regular, para segurança de ambos, mãe e bebê, e uma gestação tranquila.
Na menopausa, existe um risco maior de desenvolvimento de câncer de endométrio (que é a camada interna do útero responsável pela menstruação), maior risco de câncer de mama e de cólon (intestino), que também tem os fatores hereditários como risco importante.
Como vimos, a obesidade pode trazer repercussão em todas as fases da vida da mulher. Manter hábitos de vida saudáveis e equilibrados, sem excessos e atividade física regular, são o melhor caminho para uma trajetória de vida saudável.
Cláudio Márcio Dantas
Ginecologista
CRM 72958
Clínica Materclin
F. 3872-2732