Qual é a real importância do “brincar” na vida de uma criança?

Semana Mundial do Brincar busca apontar a importância da prática no desenvolvimento dos pequenos

Letícia Zanetti
Professora de Inglês
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@encontados
@papelariamalune

Entre os dias 22 e 30 de Maio, ocorreu a Semana Mundial do Brincar. A data é um período em que se busca promover a importância de algo tão simples como as brincadeiras das crianças, o que é muito vital para o desenvolvimento dos pequenos. Também é importante que os pais e responsáveis saibam da necessidade de brincar que a criança possui, e os benefícios que isso traz. Para isso, conversamos com Leticia Zanetti, que aborda aspectos importantes sobre o tema. Acompanhe:
“Meu nome é Letícia Zanetti, tenho 25 anos, atualmente sou professora de inglês e, junto ao meu esposo Bruno Almeida, fundamos o Encontados; em virtude da pandemia, o Encontados está pausado por tempo indeterminado, mas, nesse meio tempo, estou dando início ao meu novo empreendimento, a Papelaria Ma lune (@papelariamalune)!”

Sobre a importância do brincar na vida da criança, como isso ajuda no desenvolvimento dela? Tanto social, quanto físico e psicológico?
“O brincar é algo sensacional que nós, adultos, perdemos naquela fase da adolescência; indo pra parte adulta da nossa vida, acabamos nos esquecendo um pouco o quanto o brincar é importante e prazeroso pra nós. As crianças conseguem aprender absolutamente todas as coisas que nós conhecemos através do brincar: conseguem aprender contas matemáticas brincando de escolinha; conseguem aprender sobre organização, colocando os brinquedos dentro de uma caixa.
O brincar não é só um passatempo, não é só uma forma de ocupar o tempo da criança, pra dar tempo de os pais pensarem e respirarem um pouco. Nós sabemos o quanto a tarefa de educar uma criança é difícil, principalmente, levando em conta todos os desafios que nós enfrentamos no mundo hoje. Mas, além de ser divertido, o brincar é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento não somente de coisas básicas, mas também do lúdico e do imaginativo na criança, que são ferramentas e conhecimentos que vão auxiliá-la por toda a vida.
Uma criança que brinca, que se diverte, que estimula, que é estimulada nesse processo criativo do brincar, consegue resolver os problemas da vida adulta com muito mais facilidade e propriedade. O brincar não é só um momento de diversão e lazer, também é um momento de formação de personalidade, um momento em que nossas crianças ganham a oportunidade de realmente se desenvolverem e se formarem adultos para transformar nosso mundo num mundo melhor.

Existe algum prejuízo que uma criança poderá sofrer estando isolada das outras?
“É importante reservar pelo menos 1h no dia para brincar e ouvir as demandas da criança. Nesse momento, eu acredito que o mais importante seja ouvir o que elas têm a dizer. Enfrentar uma pandemia com nossa formação e caráter já construídos já é desafiador, imagina para alguém que está construindo esses processos ainda… Então, é de extrema importância prestar atenção aos comportamentos e, se possível, ter o acompanhamento (mesmo que online de um pedagogo e/ou de um psicólogo infantil).”

Você teria alguma dica para dar aos pais? Indica alguma atividade para adotarem nesta fase em que não é aconselhada a reunião e interação entre crianças?
“A internet tem uma infinidade absurda de atividades para fazer em casa. Eu sugiro atividades ao ar livre, levando em conta que eles não têm mais atividades como educação física, ir até a escola, brincar com os amigos no recreio é de suma importância psíquica e física, que eles recebam essa ‘dose de vitamina D’ diariamente! É possível encontrar várias inspirações no YouTube, Pinterest e até mesmo nas ferramentas de busca do próprio Google!”
“Sou apaixonada por crianças desde sempre e acredito que, com elas, podemos aprender os segredos de como transformar o mundo num lugar melhor! Eu acredito que ser criança é mais do que apenas uma questão etária, ser criança é um estado de espírito, é uma escolha e me considero extremamente privilegiada por poder trabalhar e aprender com elas sempre que possível”, encerra Letícia.