Rafael Gandolfi conta que já está na terceira geração da trajetória trabalhando nas feiras da cidade
Entre as barracas das tradicionais feiras livres, aos sábados e domingos, encontra-se a banca do Rafael Gandolfi, um feirante que testemunhou a evolução da cidade ao longo de três décadas. Sua história de vida se entrelaça com a história da própria cidade, tornando a banca uma das mais antigas do município.
“Na verdade, nossa banca tem mais de 40 anos em Cosmópolis”, orgulhosamente conta Rafael. O feirante explica que é a terceira geração. A banca começou com seu avô, Lindor Gandolfi, passou para seu pai, Julio César Gandolfi, e atualmente está sob sua responsabilidade. “Tudo começou quando meu avô tinha um sítio com plantação de laranjas, bananas e outras frutas. Meu pai continuou o legado e eu estou aqui há mais de 30 anos”.
As lembranças da infância estão repletas de imagens de seu pai, Júlio César Gandolfi, indo para a feira com uma carreta puxada por um trator. “Na época de milho verde, ele levava mamão também, mas nosso forte sempre foram as laranjas, bananas e limões. As laranjas, em especial, eram as favoritas dos clientes”, conta.
À medida que o tempo passava, a família Gandolfi aumentava seus negócios e conseguiu diversificar seus produtos. “Começamos a incluir legumes, verduras e outras frutas importadas, como peras e maçãs”, explica. Hoje, a banca é um verdadeiro paraíso para os amantes de alimentos naturais, onde os clientes podem encontrar uma variedade impressionante de produtos frescos.
A tradição na feira de Cosmópolis é um legado que Rafael carrega consigo. “A banca estava sob administração do meu pai, que nos deixou há três anos, Júlio César Gandolfi. Ele foi um grande exemplo e nos ensinou a importância de oferecer produtos de qualidade”, conta.
Durante seus trinta anos de feira, o feirante destaca mudanças importantes que aconteceram neste meio tempo. “Antigamente, os mercados locais não vendiam hortifrutis, e éramos a única opção para os moradores adquirirem produtos frescos. Hoje em dia, os supermercados são os grandes concorrentes dos feirantes. Mas, nós continuamos firmes na nossa missão de oferecer qualidade e atendimento personalizado”, afirma.
Evolução
De acordo com Rafael, uma das grandes mudanças foi a diminuição do consumo de frutas e verduras. “Com o aumento dos industrializados o pessoal deixou um pouco de consumir produtos naturais. A procura ainda é grande, mas, comparada com antigamente, com certeza, teve uma significativa queda”, explica.
Para o feirante, a inclusão das maquininhas de cartão e as novas tendas foram um ponto importante para todos os feirantes “A chegada das maquininhas de cartão e também os novos modelos de barraca foram uma vitória para os feirantes, para facilitar e agilizar o atendimento ao publico. Atualmente, ainda são os idosos os que mais frequentam a nossa barraca”, conclui.