Que tipo de filho eu sou? (Parte1)

“E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem Eu vos digo com que autoridade faço isto”. Mateus 21:27

O que acham? Havia um homem que tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: Filho, vá trabalhar hoje na vinha. E este respondeu: Não quero! Mas, depois mudou de ideia e foi. O pai chegou ao outro filho e disse a mesma coisa. Ele respondeu: Sim, senhor! Mas, não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? O primeiro, responderam eles.
Jesus lhes disse: Digo-lhes a verdade: Os “publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus. Porque João veio para lhes mostrar o caminho da justiça, e vocês não creram nele, mas os publicanos e as prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês não se arrependeram nem creram Nele. Mateus 21:28-32
Para entendermos o significado dessa parábola, é importante conhecermos o que antecede essa narrativa. Antes da parábola, ainda no capítulo 21, alguns eventos importantes são descritos, entre eles a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a purificação do templo, a cura dos cegos e coxos, entre outros. Considerando o contexto, vamos então ao versículo 23, onde os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo (membros do Sinédrio) desafiam Jesus perguntando com que autoridade Ele fazia tudo aquilo.
O objetivo deles, como sempre, era buscar uma maneira de emboscar o Senhor. Mas, com muita sabedoria, Jesus disse que também faria uma pergunta a eles. Caso eles respondessem tal pergunta, então Jesus também responderia o que lhe fora perguntado. A pergunta (cirúrgica) de Jesus foi a seguinte: O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? Mateus 21:25. Eles ficaram sem saída, de forma que não podiam responder nem que sim e nem que não. E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes? E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta. Mateus 21:25,26.
Então, a resposta que eles encontraram foi a falsidade, usaram uma mentira para tentar sair daquela situação difícil. E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem Eu vos digo com que autoridade faço isto. Mateus 21:27. Jesus condenou aquele comportamento hipócrita. Sua repreensão veio por meio da narrativa da Parábola dos Dois Filhos. O significado da parábola fica claro quando se percebe que os dois filhos e seus comportamentos representam dois grupos de pessoas.
O primeiro filho que inicialmente disse não ao pai, mas depois se arrependeu e foi trabalhar na vinha, representa os publicanos e as prostitutas. Essas pessoas eram excluídas e consideradas indignas perante a religiosidade judaica, mas, embora com seu modo de viver inicialmente, recusavam os mandamentos de Deus, por fim, elas se arrependiam, se aproximavam de Deus e passavam a fazer a Sua vontade.
Por outro lado, aqueles religiosos judeus agiam como o segundo filho. Aparentemente, eles concordavam em seguir e obedecer a Deus, mas, na realidade, era apenas aparência, pois, de fato, eram desobedientes a palavra de Deus.
No versículo 31, Jesus deixa isso bem claro ao dizer que aqueles desprezados pecadores estavam entrando no Reino de Deus antes daqueles que insistiam em manter uma imagem aparentemente irrepreensível, mas fatalmente corrompida. Esses últimos diziam obedecer a Deus, mas não estavam obedecendo. Seu falso “sim” nada mais era do que um verdadeiro “não”; já o espontâneo “não” dos pecadores rejeitados era o início de um “sim” para o arrependimento.
Diante dessa palavra dita por Jesus, precisamos fazer uma aplicação pessoal: Qual dos dois irmãos você é? Você é o filho que disse que não ia e depois foi ou o filho que disse sim senhor, mas não foi?
Continua na próxima edição.

Edwil Vagner Borçatto – Pr. Local da Igreja Cristã da Trindade