O evangelho de Marcos relata a história de uma mulher que quebrou um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro e derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus (14:3-9). Ao verem a atitude da mulher, indignaram-se alguns, dentre os quais os discípulos, e disseram entre si: “Para que este desperdício de bálsamo? Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela” (vs. 4-5). Imediatamente, Jesus os interrompeu: “Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para Comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a Mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade, vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua” (vs. 6-9).
A atitude daquela mulher realmente agradou ao Senhor. Quão doces foram as palavras de Jesus: “Ela fez o que pôde”. Isso deve nos impressionar. Cristo nunca pedirá mais do que podemos fazer. Se com um coração puro e sincero nos derramarmos diante Dele, com certeza, seremos louvados como essa mulher foi. Em diversas oportunidades, o Senhor Jesus já havia alertado Seus discípulos de que lhe era necessário subir a Jerusalém, ser rejeitado por todos e sofrer nas mãos dos anciãos, principais sacerdotes e dos escribas, para, por fim, ser morto e ressuscitado no terceiro dia (Mateus 16:21-23; Marcos 8:31-33; Lucas 9:22).
Mas, parece que até mesmo os discípulos do Senhor não haviam entendido o significado dessas palavras e, por isso, acabaram considerando um desperdício o bálsamo derramado. A mulher, no entanto, percebeu que ela estava prestes a perder a presença física de seu Senhor e aproveitou a oportunidade para oferecer aquilo que talvez fosse o mais precioso em sua vida. Na época, o bálsamo era armazenado por toda a vida da pessoa, para que, na ocasião de sua morte, ela pudesse ser embalsamada (Marcos 16:1).
Pela avaliação dos discípulos, o vaso de alabastro com o bálsamo valia mais de trezentos denários, o que correspondia aproximadamente ao salário completo de quase um ano de trabalho. Interessante notar que, logo após esse episódio, a Bíblia nos relata que Judas Iscariotes, por trinta moedas de prata, aceitou entregar o Senhor nas mãos dos principais sacerdotes, para que Cristo fosse condenado (Mateus 26:15; Marcos 14:10-11).
Isso nos mostra que o preço que você está disposto a pagar pelo Senhor Jesus determina o quanto Ele vale para você. Por isso, precisamos aproveitar o tempo que ainda nos resta até a volta do Senhor para quebrar nosso vaso de alabastro, ou seja, aquilo que nos impede de liberar o espírito e a fragrância que há nele, e nos derramar perante Cristo.
Igreja em Cosmópolis
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