Queda na venda dos carros novos aquece mercado de seminovos para o consumidor

Segundo dados divulgados pela Associação de Fabricantes de Veículos (Anfavea), nesta terça (8), a produção de automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus caiu 18,2% em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado.
De janeiro a agosto, 1.730.708 veículos saíram das fábricas, um volume 16,9% menor do que no mesmo período de 2014.
Segundo as empresas, a queda nas vendas tem influenciado a diminuição na produção de novos veículos.

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A temida crise econômica no Brasil tem assustado os consumidores, o que já vem sendo sentido pelo comércio em geral. Mas, nem sempre a crise é de todo ruim. Em meio à crise, novas perspectivas se abrem no mercado. Neste caso, com a queda nas vendas de veículos novos, existe uma demanda por carros seminovos e peças para manutenção dos usados.
Antonio Affonso é empresário e está no ramo de veículos há 14 anos. Para ele, o momento gerou um temor ao consumidor que, mais cauteloso na hora de investir, deixou de comprar, o que fez com que a queda nas vendas de seminovos no início chegasse a 30%, um índice bem preocupante para o comerciante. Porém, ele acredita que “o seminovo é uma excelente escolha para o consumidor no momento, dado ao custo benefício”. E ainda afirma: “estou procurando um seminovo para trocar meu carro”.
É possível que o repensar nos investimentos possa criar um novo perfil de investidores no mercado.
Para Welington Scursoni Valério, empresário com experiência de mais de 20 anos no ramo, o seminovo é a melhor opção para o mercado no momento.
Segundo ele, a venda de veículos seminovos no mercado ainda não está 100% em Cosmópolis. Mas, está melhor do que a de veículos novos. “O veículo seminovo, hoje, já vem com o imposto pago, a desvalorização do veículo ao sair da loja já aconteceu, a documentação está toda paga. O consumidor tem menos custo no seminovo do que com o zero. Por isso, o valor do seminovo é mais interessante”, afirma.
A taxa de juros dos carros até 2013 é a mesma taxa do carro zero. De 2012 até 2010, a taxa de juros varia entre 0,1 e 0,2% entre novos e usados. O seminovo não tem as taxas documentais e vem com opcionais pagos pelo primeiro dono. E no caso de troca, a avaliação do carro do cliente é maior para os seminovos
Hoje, a preferência do consumidor tem sido o seminovo equipado ao invés do carro zero sem opcionais. Isto porque o carro popular mais barato está na faixa de R$ 30.000. No caso do seminovo, com esse valor, você tem um leque muito maior; ao invés de um popular sem opcionais, o consumidor pode escolher um carro 2011, 2012 ou 2013, de um modelo melhor com uma opção maior de opcionais, como direção hidráulica e ar condicionado, que deixaram de ser luxo e passaram a ser uma necessidade.
Quanto aos veículos novos, Welington não acredita que o governo possa baixar o IPI, dado ao momento econômico em que o país se encontra. Sem a facilitação para aquisição de veículos novos, não haverá aquecimento nas vendas.
A questão é que os rumores de crise criaram um novo perfil de consumidor, que deixou de investir no carro zero e passou a investir no seminovo mais equipado. Desta forma, quando a crise fecha portas no comércio de veículos novos, abre outras no mercado dos seminovos e de peças para manutenção dos usados.

 

Antonio Affonso Empresário  Real Multimarcas  (19) 3872-7172

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Empresário
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Welington Scursoni Valério, Empresário W.A. Veículos (19) 3872-5427

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