O ano de 2017 trouxe uma pequena queda nos juros para crédito e cheque especial. Os números se mostraram os menores em 19 anos, com 2,95% no ano passado. Apesar disso, as diferenças nas contas residenciais da população não apresentaram muita diferença, pois o custo de vida continua alto tal como a inflação.
O reajuste para Crédito Direto ao Consumidor (CDC) foi de 149,03% ao ano para 127,76%; o cartão de credito teve uma redução de 332,99% para 289,60%; e o cheque especial foi de 287,52% para 257,49% ao ano.
Infelizmente, as mudanças não refletiram sobre a população, já que, dentro de supermercados, se vê constantemente altos preços, assim como em concessionárias e em diversos outros setores de comércio. Com esses valores exorbitantes, o investimento no uso de créditos e cheques torna-se inviável.
Para o economista José Adilson da Silva, o real interesse do Governo Brasileiro com a queda de juros não é melhorar o financeiro populacional, e sim, cobrir e conter o déficit público. “Esse déficit está sendo cobrado através das inflações, por isso, sempre haverá um lado ruim sobre qualquer notícia boa na área econômica”, comenta.
E a falta do uso de crédito, segundo Adilson, pode retardar o avanço do município e até mesmo do país.
“A falta do uso do crédito faz com que um número menor de pessoas tenha emprego, e sem emprego a pessoa não tem renda; não tendo renda, ela, por força da necessidade, diminui o consumo; diminuindo o consumo, o giro dos estoques demora um pouco mais para acontecer e, com isso, há uma queda na produção, retardando a retomada do crescimento econômico”, finaliza.