Hoje, a maior parte da população não consegue mais viver longe da internet e, principalmente, das redes sociais. Não são apenas jovens, adultos, que estão sempre conectados às redes de relacionamento. Nota-se uma grande parcela da chamada “melhor idade”, aderindo às redes sociais também.
O universo dos empregos não ficou atrás, e, hoje, a análise do perfil do candidato nas redes sociais faz parte da política de muitas empresas no processo de seleção.
“Facebook e Instagram são os aplicativos mais visitados pelas empresas, e eles podem fazer a diferença na contratação de um novo funcionário”, explica Odair Camargo, Consultor de RH, Headhunter and Coaching.
Muitas pessoas não imaginam como uma rede social pode influenciar na hora da contratação. “Facebook e Instagram, geralmente, revelam a identidade da pessoa, o que ela pensa, como age, se ela é uma pessoa introvertida ou mais revolucionária, enfim, muitos pontos são analisados antes de concretizar a admissão de um candidato”, explica Odair.
Odair diz que existem vários fatores que são analisados: fotos (principalmente), comentários, publicações sobre política, religião e futebol, bem como mensagens otimistas ou abusivas. Vários pontos são analisados.
“O que os candidatos a emprego acabam não percebendo é que essa análise é feita durante o processo de seleção, e que muitos candidato acabam não passando para as próximas etapas da seleção justamente pela visita no perfil do candidato, lembrando que a média hoje é de 4 a 5 etapas, realizadas para uma contratação de funcionários”, alerta o especialista.
Odair aconselha que, “caso você se encontre desempregado, observe seu Facebook ou Instagram e veja o que postou, ou peça a ajuda de alguém próximo que analise friamente a sua rede social. Isso vai ajudá-lo a filtrar suas postagens”.
O que geralmente as empresas não admitem em perfil nas redes sociais:
– Fotos com bebidas;
– Cigarro;
– Baladas em excesso;
– Tatuagens em excesso;
– Perfil de casais (não identificando ao certo de quem é a rede social).
Odair esclarece que “Facebook e Instagram podem, às vezes, ajudar no processo de contratação, dependendo da vaga a que a pessoa está concorrendo, enquanto que para outras vagas acabam atrapalhando. O mundo dos empregos tem vagas para todos os perfis”.
“Às vezes, não somos contratados porque a vaga não tem o nosso perfil, mas, com a crise, muitos candidatos se submetem a vagas que não fazem parte da sua experiência profissional e, em consequência disso, ocasionam perda de tempo e dinheiro. Por isso, é sempre bom saber qual o perfil da vaga e também qual o perfil da empresa.
Empresas conservadoras são mais criteriosas em relação a redes sociais, enquanto empresas inovadoras gostam muito de candidatos com boas publicações em suas redes.
Lembrando também que existe a rede de relacionamentos chamada ‘Linkedin’, que é uma rede mais corporativa, onde a pessoa se relaciona com várias empresas e perfis de outros profissionais. (Uma boa opção para divulgar seu perfil profissional)”, pontua Odair.
Alguns candidatos a emprego acham uma prática abusiva das empresas a visita no seu perfil particular. “Mas, temos que lembrar que, desde que postamos algo e se torna público, desconfigura invasão de privacidade. Se você não quiser a divulgação de fotos e postagens, pode optar por bloquear essas informações; só ir nas configurações dos aplicativos e fazer o bloqueio”, explica.
Outro aplicativo também analisado agora pelas empresas é o WhatsApp. “Por isso, muito cuidado com fotos de perfil e também como vai se relacionar caso a empresa entre com contato com você pelo WhatsApp.
Mensagens muito diretas ou até ásperas podem ser interpretadas de uma outra forma, e a empresa pode ter receio pela sua contratação. Seja sempre muito educado e cortês. Faça uso de um bom português e boa educação, como se estivesse frente a frente com seu futuro contratante”, alerta o especialista.
Se você souber usar sua rede social, as possibilidades de emprego podem aumentar muito, desde que você tenha o cuidado de analisar suas postagens.
O chamado network (rede de relacionamentos) é muito bem-vindo, “mas, não busque somente entrar em contato com as pessoas só quando precisar delas. Seja no mundo virtual ou presencial, amizades devem ser cultivadas, tome o cuidado de regá-las sempre. Assim, quando precisarmos dos frutos, a colheita será sempre farta”, conclui o especialista.