Religião ou realidade de Cristo?

Em Primeira Reis, capítulo 8, versículos 10 e 11, lemos: “E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR”.
Lendo o texto bíblico acima e contemplando os grupos cristãos de nossos dias, chamados “igrejas”, sob a perspectiva do assunto, podemos identificar muitos que se enquadram em dois aspectos distintos e até extremos: Alguns que são “fogo puro”, onde quem não grita, sapateia ou “pisoteia”, o diabo não é cristão; e outros onde qualquer expressão diferente, como um choro ou um clamor, pode ser classificado como uma vida em pecado. É lamentável porque ambos podem agir na carne.
Afinal, num ambiente onde o líder cobra dos seus comandados (ainda que indiretamente) manifestações físicas como resultados de uma vida com Deus, a chance é grande de muitos fingirem para conseguir o status de “cristãos completamente ungidos” perante os homens. Por outro lado, num local onde as pessoas não têm a liberdade de se derramar perante o Pai, onde a reunião ou culto é frio e pré-determinado por homens que seguem tão somente um protocolo de início, meio e fim, a frieza espiritual pode se instaurar perigosamente.
Assim, quem estaria com a razão? A Palavra deixa claro que a glória de Deus pode e se faz presente. Como vemos, os sacerdotes sequer conseguiam ficar em pé para ministrar, tamanho o Poder dos céus naquele lugar. Isso não é tremendo? Podemos, então, diante disso, afirmar que uma reunião cristã ou culto a Deus tem que ser controlado, ponderado ou seguir qualquer parâmetro humano? Certamente que não. Entretanto, somente em face do agir do Pai, é que esse mover é perfeito. Não adianta os homens forçarem.
O único veículo para essa plena manifestação é uma vida consagrada a Deus, um dia-a-dia de busca e santificação, onde o canal de comunicação com os céus seja livre e permita o fluir do Espírito. Portanto, amigo ou irmão leitor, te convido a refletir sobre isso. Que glória tem se manifestado nas reuniões onde você frequenta? A de homens, ou a de Deus?
As reuniões cristãs são expressões do quanto desfrutamos de Deus. Deveria estar cheia de Sua presença. Mas, infelizmente, o que vemos são homens ostentando títulos, cheios de si mesmos, fazendo tudo pela própria condição humana e ainda por cima se sentindo ofendidos quando algo não sai de acordo com o que esperam.
Não temos o direito de limitar o agir de Deus, colocando Ele numa caixinha e deixando de receber abundantemente tudo o que Ele tem pra nós. Não é propósito do Pai que Seus filhos vivam de migalhas. Entretanto, também não é Sua vontade uma casa cheia de egos humanos. Que nosso interior se esvazie de nós mesmos, a fim de que a obra Daquele que nos chamou seja completa e verdadeiramente gloriosa! Precisamos nos esvaziar de toda forma religiosa, de aparência que há em nós e viver a realidade de Cristo em nossas vidas. Jesus é o Senhor!