Método deve ser considerado individualmente, levando em conta o histórico de saúde e os riscos para cada paciente
Dr. Raul M. Casagrande
Ortopedista e Traumatologista
CRM 139858/ TEOT 13389 / SBQN 0770
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril. Especialista em Cirurgia de Fêmur, Quadril e Pelve. Mestre em Ciências do Movimento Humano (Fisiologia, Biomecânica e Treinamento Desportivo)
A reposição hormonal é uma abordagem terapêutica que pode ser utilizada no tratamento da osteoporose, especialmente em mulheres na menopausa, devido à diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que desempenha um papel crucial na manutenção da densidade óssea.
A queda dos níveis de estrogênio e progesterona após a menopausa é um dos fatores que contribui para o enfraquecimento ósseo. A reposição hormonal pode reduzir em até 50% o número de fraturas causadas pela osteoporose, desde que seja iniciada precocemente.
A osteoporose é uma condição caracterizada pela fragilidade óssea e aumento do risco de fraturas, e a redução dos hormônios sexuais pode acelerar a perda óssea.
A reposição hormonal é um tratamento eficaz para a osteoporose, pois diminui a perda de cálcio e a redução da densidade mineral óssea. Inclusive na menopausa precoce é mandatória a reposição hormonal.
Outros benefícios da reposição hormonal:
• Aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor, ressecamento vaginal e mudanças de humor.
• Melhorar a vida sexual.
• Melhorar a cognição e a memória.
• Prevenir a osteopenia (perda de massa magra).
•Aumentar a força.
• Ganhar massa muscular.
• Em alguns casos, perder peso.
A terapia de reposição hormonal pode ser feita de diversas formas, incluindo:
• Estrogênio;
• Progesterona;
• Testosterona e seus derivados;
Formas de administração:
• Comprimidos orais;
• Adesivos transdérmicos;
• Gel;
• Implantes subcutâneos;
• Anéis vaginais;
• Injeções.
Não são apenas as mulheres que se beneficiam da reposição hormonal. Nos homens, a reposição de testosterona e seus derivados melhoram a densidade óssea, diminuem o percentual de gordura, principalmente a gordura visceral, aumentam a massa muscular, e promovem mais disposição física e mental.
É importante ressaltar que a reposição hormonal não é adequada para todos os pacientes e deve ser avaliada individualmente, levando em conta o histórico de saúde, fatores de risco e preferências pessoais.
Os potenciais benefícios, como a redução do risco de fraturas, devem ser ponderados em relação aos riscos.
Atualmente com a evolução dos estudos, dos hormônios e das vias de administração, a reposição hormonal tornou-se uma estratégia segura e eficaz, devendo ser considerada como primeira opção em muitos dos casos.
Deve-se sempre procurar um profissional capacitado para realização dessa avaliação.
