“Rodízio” permite que os acessórios sejam mais aproveitados

Pneus desgastados podem comprometer a segurança dos condutores

“Em veículos com tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta”

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o pneu deve ser substituído quando os sulcos atingirem a profundidade de 1,6 mm. A regra vale também para caso somente um dos sulcos do pneu atingir esta medida, que pode ser detectada quando o desgaste dos blocos da banda de rodagem atingir a altura dos ressaltos posicionados nos sulcos dos pneus, chamados de T.W.I. (TreadWearIndicators- indicador de desgaste da banda de rodagem), dispostos ao longo da banda de rodagem.
Em caso de bolhas ou deformações, o pneu deve ser substituído o quanto antes, independentemente da profundidade dos seus sulcos, pois, o pneu pode estar estruturalmente comprometido. Os pneus devem ser calibrados semanalmente; cada veículo tem uma calibragem específica, que deve ser respeitada. A pressão do pneu não deve estar acima e nem abaixo do valor especificado pela montadora do veículo.
O rodízio, juntamente com o balanceamento e o alinhamento, são as principais medidas de manutenção, contribuindo para uma maior vida útil do pneu. A inversão de posição entre os pneus que rodam nos eixos dianteiro e traseiro dos veículos também traz muitos benefícios. Quando o rodízio do pneu é executado no intervalo de tempo recomendado, contribui para manter uniforme o desgaste dos pneus, e melhora estabilidade, especialmente em curvas e freadas.
Os pneus sofrem diferentes esforços e, por isso, acabam apresentando desgastes não uniformes. O rodízio tem o objetivo de amenizar essas diferenças. Geralmente, num veículo com tração dianteira, os pneus dianteiros têm as funções de acelerar, frear e esterçar o veículo. Por isso, sofrem desgaste maior do que os pneus do eixo traseiro.
Nos veículos com tração dianteira, o rodízio é feito invertendo-se a posição dos pares dianteiros e traseiros. Os pneus traseiros são colocados na frente e vice-versa. Para o caso de se incluir o estepe no rodízio, recomenda-se montar na dianteira direita, guardando-se como estepe o pneu da mesma posição.
Em veículos com tração traseira, trocam-se os pneus traseiros para frente em linha reta e os pneus dianteiros para trás de forma cruzada.
Já os veículos com tração nas quatro rodas têm o “X” como padrão do rodízio: o pneu esquerdo traseiro é substituído pelo direito dianteiro e o pneu direito traseiro pelo esquerdo dianteiro.
No geral, o rodízio deve ser feito entre 5.000 km e 10.000 km. Ele também deve ser feito se o usuário perceber algum desgaste irregular na banda de rodagem.
É importante ter consciência de que o rodízio dos pneus não consegue por si só corrigir os problemas de desgastes da suspensão ou pelo uso dos pneus com pressões diferentes das recomendadas pelo fabricante do veículo.
E por fim, uma última dica bem importante, em um mesmo eixo, recomenda-se utilizar pneus de mesma medida, marca, modelo e condição de desgaste.

Adriel Nogueira de Azevedo
Mecânico de Automóveis
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