Romaria à Aparecida: momentos de fé e devoção

“Compartilhar as experiências de cada peregrino ao longo do trajeto é um dos combustíveis que nos motiva a continuar”

Anualmente, no dia 12 de outubro, devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, milhares de pessoas vão à cidade de Aparecida, no interior paulista, que é expressivamente reconhecida por ser o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina. Durante o ano, o Santuário Nacional de Aparecida recebe cerca de 12 milhões de visitantes. No dia 08 de outubro deste ano, o cosmopolense Paulo Zanetti também partiu rumo ao destino religioso. Confira o relato de sua romaria:
“Minha relação com a Nossa Senhora vem desde criança. Minha avó era devota e eu segui seus passos. Conheci o Caminho da Fé e os romeiros através de um amigo (Zangão), que faz parte do grupo. A partir daí, criei interesse e passei a participar anualmente. Este ano, pude contar com a presença de outros amigos e parentes aqui da cidade, como o Jailton (Já Morreu), Bruno Lasta (meu enteado), José Rubens (Bu) e Douglas Franco (Pardal).
Na minha primeira caminhada, fui com o intuito de pagar uma promessa, referente a uma graça alcançada. Depois disso, me comprometi a fazê-la anualmente, somente por fé e devoção, sempre agradecendo e levando todas as intenções de amigos ou pessoas que precisam.
A caminhada deste ano teve um significado especial, pude contar com a companhia de Bruno Lasta, meu enteado. Foi sua primeira experiência na romaria conosco. Fomos agradecer pela saúde de todos e rezar para que o fim da pandemia esteja próximo. Pedimos pelos profissionais da saúde e pelo futuro de nosso país.
Saímos no dia 8 de outubro, partindo de Guarulhos (no início da rodovia Dutra) e seguimos até a cidade de Aparecida. Caminhamos durante 5 dias, um total de 160 quilômetros. Caminhávamos uma média de 32 quilômetros por dia, saíamos bem cedo e chegávamos aos destinos no início da tarde. Durante a noite, descansávamos e nos recuperávamos para o desafio do dia seguinte.
O caminho proporciona experiências únicas e indescritíveis, cada peregrino carrega consigo uma história e um objetivo. Compartilhar as experiências ao longo do trajeto é um dos combustíveis que nos motiva a continuar. Além disso, o trajeto conta com inúmeros postos de apoio, compostos por pessoas que estão ali no intuito de ajudar e dar força aos romeiros, muitas destas pessoas não podem caminhar conosco, por isso, dedicam-se a prestar todo tipo de apoio, como forma de também agradecer a Deus e a Nossa Senhora pelas graças recebidas. Além de postos de distribuição de água e alimentos, muitos contam com apoio médico, profissionais fisioterapeutas, etc.
Cada história ouvida carrega um milagre, uma bênção ou uma meta. A dificuldade do Caminho da Fé não é somente física e não envolve somente a crença, é também um desafio de evolução individual. O trajeto é de muita reflexão e aprendizado, nele você se depara com dificuldades que não encontra no dia a dia, situações que te remetem aprendizagem sobre o agradecimento e amor ao próximo. É uma experiência incrível que todas as pessoas deveriam ter um dia, independente de sua crença ou religião”.