O ‘Guia de Profissões’ desta semana é com Rosa Lopes, que trabalha como Professora de Português. Saiba um pouco sobre a profissão e a profissional Rosa:
Gazeta de Cosmópolis: Qual é a sua profissão?
Rosa Lopes: PEB II – Professora de Português, formada em Letras pela UNESP – Universidade Júlio de Mesquita Filho, de Araraquara.
Gazeta de Cosmópolis: Como foi o seu preparo para começar a trabalhar nesta área?
Rosa Lopes: Fiz cinco anos de Universidade. Quando estava no terceiro ano, prestei o Concurso do Estado e passei. Assim que terminei a faculdade, pude assumir o cargo de PEB II – Português/Inglês.
Gazeta de Cosmópolis: O que te motiva a continuar nessa profissão?
Rosa Lopes: Amo ser professora, sou boa no que faço e, a cada desafio, eu me motivo ainda mais, pois sei que posso mudar a vida de muitos jovens para melhor, direcionando-os por meio da educação. Vim de uma escola pública direto para uma das melhores Universidades do Estado, eu conheço o caminho.
Gazeta de Cosmópolis: Por que decidiu seguir esta carreira?
Rosa Lopes: Sempre fui boa leitora, adoro escrever e amo poesia.
Gazeta de Cosmópolis: O que te faria desistir dela?
Rosa Lopes: Não desisto fácil das coisas, mas o Sistema e o Estado depreciam e desvalorizam a educação; a falta de incentivo moral e financeiro é muito triste e desestimula os professores.
Gazeta de Cosmópolis: O que você diria para quem quer seguir essa carreira?
Rosa Lopes: Sinceramente, que vai entrar em uma fria, mas, se a vocação é esta, também digo que o resultado e a recompensa de vermos nossos alunos formados e obtendo sucesso e realizações; é impagável!
Gazeta de Cosmópolis: Já teve outra profissão antes desta?
Rosa Lopes: Sim, muitas. Já trabalhei no campo, no comércio, em hospital, fui microempresária e, finalmente, professora.
Gazeta de Cosmópolis: Quais são as maiores dificuldades?
Rosa Lopes: O entrave e a falta de estímulo do Estado, tudo que temos para a formação de nossos alunos são os materiais básicos, giz e lousa, além de uma sala de informática ineficiente. Estamos com uma nova proposta para 2020, o que promete nos fazer trabalhar dobrado, mas de salário, ninguém fala nada.
Gazeta de Cosmópolis: É uma profissão reconhecida ou desvalorizada?
Rosa Lopes: Totalmente desvalorizada, pelos nossos governantes e até por uma boa parcela da população. Muitos nos tacham de aliciadores, doutrinadores e outras coisas mais, mas, como eu já disse, todo desafio nos fortalece, pois educar não é uma profissão, mas uma missão e missão não se abandona.