Quando vemos alguém utilizando óculos de grau, logo sabemos que aquela pessoa sofre de algum problema de visão. Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que, no Brasil, mais de 35 milhões de pessoas sofrem de algum problema de visão (aproximadamente 19% da população). Segundo estimativa do Conselho de Oftalmologia Brasileiro, calcula-se que 65 milhões de brasileiros têm hipermetropia, segundo dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Os problemas de visão que existem são conhecidos por grande parte da população, principalmente, aos que usam óculos. O Oftalmologista Dr. Juarez Tavares explica o que significa cada um deles:
Miopia – dificuldade na visão de longe;
Hipermetropia – dificuldade na visão de longe e pior de perto;
Astigmatismo – distorção visual que piora com a distância.
Do número de pessoas que usam óculos, poucas obedecem a frequência de consultar um oftalmologista periodicamente para verificar se houve alterações no grau dos óculos. “Os sintomas de que os óculos estão desatualizados são não atingir a mesma qualidade visual de quando começou com óculos para perto e/ou longe, levando ao desconforto visual, menor nitidez, com menos qualidade”, indica ele.
O grau dos óculos pode ser modificado levando em consideração alguns fatores: “O que mais influencia são as mudanças na própria estrutura do olho, no tamanho e curvatura. Sabe-se que todo esforço visual exagerado para perto leva a uma modificação anatômica do olho especialmente nas crianças, por estar na fase de crescimento”, explica o especialista. Por essa razão é que as crianças não podem ser expostas a longos períodos na frente de telas, de celular e televisão.
Em curto prazo, o Oftalmologista explica que os óculos desatualizados podem causar baixa qualidade na visão; porém, em longo prazo, isso pode piorar a qualidade de vida em geral.
Prevenção
“Os problemas de visão podem ser prevenidos usando a correção indicada pelo médico na forma de óculos, lentes de contato ou mesmo a cirurgia. Quanto aos alimentos, a grande referência se dá àqueles que contêm vitamina A e aos com pigmentos amarelos, como por exemplo: cenoura, mamão, laranja, manga, etc. A vitamina A é muito importante no processo químico da visão onde é resposta nas células durante o sono quando os olhos estão fechados, isto é: onde está escuro. E os alimentos com pigmentos amarelos têm a função de antioxidante, isto é, evitam a degeneração celular”, informa Dr. Juarez.
Contudo, infelizmente, o profissional aponta que os problemas de visão têm mais influência genética do que de fatores externos. “O problema básico da visão tem grande influência genética, as características familiares se repetem, por exemplo, na miopia. No entanto, qualquer fator externo que agrida o olho, como uma alergia, pode levar a uma alteração visual”, obseva.
Hoje, com o avanço da tecnologia, muitas pessoas precisam passar horas e horas na frente da tela de um computador, por exemplo, trabalhando. “É claro que toda atividade que exige esforço visual leva a fadiga com dor ocular, olho vermelho, sensação de corpo estranho, cefaleia, ardor, sensação de olho pesado, etc. Nestes casos, se tiver grau, usar o indicado pelo médico. Se não tiver grau, existem lentes especiais com antirreflexo e proteção a determinados tipos de luz especialmente para quem usa muito eletrônico. Nunca se esquecer de fazer intervalos durante o uso e repouso adequado. Lembrar que toda prescrição de óculos, lentes de contato, indicação de cirurgias são procedimentos médicos com toda responsabilidade que lhe competem.