A candidíase é uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans e que possui maior número de incidência na população feminina. “Isso se dá, principalmente, pela maior umidade e temperatura da região genital feminina, tornando a proliferação do fungo mais fácil”, esclarece o ginecologista Claudio Dantas.
O especialista ainda explica que o fungo em questão faz parte da flora vaginal saudável e está presente no organismo da mulher em pequenas quantidades. “Porém, se o organismo está debilitado, seja por estresse, baixa imunidade, entre outros motivos, os fungos se proliferam e podem causar a infecção”.
Causas
“A candidíase não é uma doença sexualmente transmissível. No entanto, se você mantém relações sexuais com a mesma pessoa (homem ou mulher), a candidíase pode ser transmitida entre parceiros. Isso ocorre porque os homens, assim como as mulheres, também podem ter candidíase”, alerta o ginecologista.
Outras causas da doença são:
– Consumo de antibióticos;
– Diabetes;
– Menstruação;
– Anticoncepcionais;
– HIV ou outras doenças que tornem o sistema imunológico debilitado;
– Gravidez.
Sintomas
Como cada indivíduo é diferente, os sintomas da candidíase podem variar de pessoa para pessoa. Eles também podem mudar a cada nova infecção. Os mais comuns são:
– Coceira na região íntima;
– Ardência na região próxima à entrada da vagina (vulva);
– Leve inchaço dos lábios vaginais (grandes lábios);
– Aumento de corrimento branco e espesso;
– Ardência ao urinar;
– Feridas na região da vagina;
– Pele rachada na região próxima à vulva;
– Dor durante a relação sexual.
Tratamentos
Segundo o ginecologista, se não tratado corretamente, o problema pode se tornar crônico, ou ainda atingir outros locais, como o aparelho urinário.
“Embora possa ser desconfortável, a boa notícia é que a candidíase leve e moderada pode ser facilmente tratada.Antigamente, os tratamentos da candidíase eram apenas com o uso de cremes antifúngicos ou medicamentos antimicóticos”.
Outra alerta que o especialista acrescenta é para tratamentos caseiros. “É comum encontrar na internet informações de “tratamentos caseiros” como banho de assento com água morna, cebola, vinagre, iogurte natural, óleo de coco e até mesmo alho para curar a ardência, coceira e corrimento na parte íntima”, afirma.
Estes tratamentos não possuem eficácia relevante comprovada, pois podem aliviar apenas os sintomas externos da doença e não se sabe os possíveis eventos adversos que podem causar. Para tratar a candidíase de forma segura, procure um medicamento com essa indicação.
Durante o período de tratamento, o ginecologista Claudio Dantas ainda aconselha evitar uma alimentação rica em carboidratos e açúcares, pois, a glicose produzida é fonte de alimento para o fungo.
Cláudio Márcio Dantas
Ginecologista
CRM 72958
Atende na Materclin – Rua Francisco de Mário, 748
Telefone: 3872-3722
Para quem sofre de candidíase recorrente, adotar algumas mudanças no estilo de vida pode ajudar na diminuição da incidência do problema. As medidas são:
– Evitar usar desodorantes e produtos perfumados na região íntima e em torno dela;
– Evitar situações de estresse e manter um estilo de vida saudável, assim, seu sistema imunológico se manterá fortalecido;
– Evitar alimentos com alto teor de açúcar;
– Se estiver tomando antibióticos, consulte seu médico antes de adotar tratamentos para candidíase;
– Trocar absorventes internos ou externos com frequência;
– Limpar-se de frente para trás depois de usar o banheiro;
– Trocar a calcinha depois de nadar e fazer exercícios;
– Evitar banhos muito quentes.
